Q

Previsão do tempo

11° C
  • Thursday 11° C
  • Friday 12° C
  • Saturday 12° C
11° C
  • Thursday 11° C
  • Friday 13° C
  • Saturday 12° C
12° C
  • Thursday 12° C
  • Friday 13° C
  • Saturday 12° C

Turismo cresceu em Portugal mas há que apostar na diferenciação para continuar a aumentar

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
O presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, disse que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2014 registaram-se 231 mil dormidas no concelho, das quais mais de 160 mil foram de estrangeiros, a maioria do norte da Europa e do Brasil.
Sessão no Hotel Vila d’Óbidos Art Garden Hotel Rural & Spa sobre o “Portugal 2020”

Para o autarca, que falava na abertura da conferência sobre o “Plano de Ação Turismo 2020”, que decorreu no passado dia 15, em Óbidos, “é preciso um plano estratégico de turismo para os próximos anos porque a procura é cada vez mais exigente”.

De acordo com Humberto Marques, o “novo turista” procura o chamado “turismo de experiência” com maior diferenciação e qualidade dos serviços. Por isso destacou a costa da região que tem duas âncoras: a praia de Super Tubos (Peniche) e o Canhão da Nazaré, sublinhando a necessidade de haver uma interligação entre as autarquias, empresários e atores locais para que se possam criar 365 dias de experiências para além da praia.

Carlos Abade, diretor coordenador do Turismo de Portugal, também destacou o crescimento muito significativo do ponto de vista de hóspedes em Portugal, revelando que em 2014 registaram-se no país 46 milhões de dormidas, mais cinco milhões do que no ano anterior. “Foi um crescimento de 14% relativamente ao número de dormidas ocorridas em Portugal”, adiantou o responsável, revelando que houve um grande aumento da receita turística.

“Se hoje o país consegue de facto estar no limite do equilíbrio da sua balança, deve-se muito ao setor do turismo e aos empresários”, disse Carlos Abade, enaltecendo o grande esforço das empresas que têm crescido progressivamente do ponto de vista das dormidas, da procura e das receitas turísticas. Comparando o mês de março do ano passado com março deste ano, que segundo este responsável são os últimos números disponíveis, “tivemos um crescimento na ordem dos 12%, relativamente a hóspedes e cerca de 15% no que respeita a receitas turísticas”.

“O contributo para o saldo da balança é neste momento superior em 21% relativamente àquilo que existia no ano passado”, apontou, afirmando que “o setor do turismo é de facto um grande motor da economia nacional, quer por aquilo que representa no produto interno bruto, quer pelo volume de postos de trabalho que tem associados”.

Perante uma plateia de cerca de 30 empresários, Carlos Abade afirmou que o crescimento no turismo deve-se ao trabalho das empresas, mas também ao trabalho das autarquias e das entidades públicas.

Apesar do crescimento no setor, o responsável disse que não se deve ignorar as dificuldades dos empresários, nomeadamente de acesso ao crédito. “Já não é uma questão de liquidez, é uma questão de risco de exigência muito maior relativamente às análises feitas pelas instituições financeiras, o que provoca o não acesso ao financiamento”, disse o responsável, adiantando que “quando o financiamento ocorre o spread é muitas vezes o dobro daquilo que acontece relativamente à média da Europa”.

Carlos Abade salientou que estão agora empenhados em criar condições para que as empresas possam aceder ao crédito, o que se consegue com o Portugal 2020, mas também com linhas de apoio ao setor.

Apesar do crescimento da procura, o responsável revelou que “continuamos a ter uma oferta desalinhada da procura, pois, em termos médios, apenas 52%, das camas se encontram preenchidas durante todo o ano”. “Significa que há mais oferta do que procura e é algo que temos que encarar com alguma preocupação”, adiantou Carlos Abade.

O diretor coordenador do Turismo de Portugal também é da opinião que os turistas estão cada vez mais exigentes e que o mercado é cada vez mais global. Por isso é necessário captar os turistas, “não através do preço” mas através da “diferenciação e da inovação”.

Promover a inovação empresarial (de âmbito nacional) que contribua para a internacionalização e orientação transacionável da economia portuguesa, investigação e desenvolvimento tecnológico são os objetivos dos novos apoios comunitários. “Temos a consciência de que o “Portugal 2020” não vai resolver os problemas de todos, mas vai servir para alguns investirem naquilo que é diferente, inovador, e naquilo que pode fazer a diferença relativamente ao setor com uma grande aposta na internacionalização”, disse Carlos Abade.

Esta sessão, que contou com o apoio da Associação de Hotéis Rurais de Portugal e foi realizada pelo Turismo de Portugal no Hotel Vila d’Óbidos Art Garden Hotel Rural & Spa, teve como objetivo informar os empresários sobre os vários mecanismos de apoio financeiro dos fundos comunitários “Portugal 2020” para o desenvolvimento da sua atividade.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

Inscrições abertas para explicações gratuitas no Landal

O Centro de Desenvolvimento Comunitário do Landal (CDCL) encontra-se a aceitar inscrições para explicações gratuitas nas áreas de Matemática (2º e 3º ciclos) e Físico-Química (3º ciclo), com o professor Carlos Costa.

explicacao 2

Tornada passa a ser a sexta vila do concelho das Caldas da Rainha

A aldeia de Tornada, nas Caldas da Rainha, passa a ser vila, com a aprovação por unanimidade pela Assembleia da República, no passado dia 10, da elevação a essa categoria, na sequência de dois projetos de lei apresentados pelo PSD e pelo PS.

tornada