Paulo Espírito Santo, presidente da JSD caldense que cessou funções, disse ter “muita confiança” no futuro da estrutura partidária de juventude, confiando no desempenho que Rui Constantino terá. “É uma pessoa muito bem preparada”, manifestou, sublinhando o seu trajeto associativo como presidente da associação de estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria.

Chamando a atenção para os três atos eleitorais que se avizinham, considerou ser “importante mobilizar a juventude do concelho e ajudar o PSD”.

Tinta Ferreira declarou que a JSD das Caldas da Rainha “tem dado um grande contributo à JSD nacional e na vida autárquica caldense”, recordando que o presidente e o vice-presidente da Câmara passaram pela JSD.

“Quem passa pela JSD das Caldas arrisca-se a ter responsabilidades políticas no concelho e fora”, referiu, sublinhando o seu papel de “mostrar aos jovens que a política é uma atividade nobre”.

O autarca pediu a Rui Constantino para que a JSD “seja também muito empenhada fora dos períodos eleitorais, quando deve promover a reflexão e elaborar propostas”. Apelou ainda para que o novo dirigente seja “internamente reivindicativo e não externamente”, ou seja, para tratar de assuntos menos consensuais junto dos órgãos do partido e não publicamente.

Simão Ribeiro lembrou que as pessoas “tinham más opiniões sobre a ação e utilidade das juventudes partidárias e chamaram-nos de “boys” que sorvem dinheiro e recursos públicos”. Contudo, sustentou que “hoje a JSD é conhecida pela responsabilidade em marcar a agenda política”, indicando que “ainda esta semana conseguimos que três ou quatro mil jovens tivessem acesso a bolsas de ação social escolar no ensino superior”.

“A JSD prepara-se para defender o Governo mais reformista dos últimos 40 anos em Portugal e que combate um défice e uma dívida excessivos, mas se ninguém fazer nada por Portugal teremos um caminho de retrocesso e o regresso de um grupo de pessoas que tanto mal nos fez”, alertou.

Margarida Balseiro Lopes afirmou que “fechamos um ciclo muito bem liderado por Paulo Espírito Santo e inicia-se outro. Vamos ter um desafio muito importante nos próximos tempos, que são as eleições legislativas e Leiria tem sido o baluarte do PSD no nosso país”.

“Acredito que vamos ter uma boa surpresa. Numa sondagem o PSD e o CDS estão à frente do PS e não tenho dúvidas que vamos ter uma grande vitória”, declarou, apelando à mobilização da JSD no apoio ao partido.

Fernando Costa foi mais longe: “Nas últimas eleições elegemos no distrito seis deputados em dez, agora temos obrigação de ganhar no mínimo sete. Maioria absoluta tenho dúvidas, mas vitória vamos ter, porque o PS está em queda. É o pior PS de sempre, de interesses menos claros”.

O social-democrata exortou os jovens a participarem nas ações de campanha e até a “transmitirem logo no Facebook o que se está a passar na rua”.

“Fui sete vezes presidente da Câmara eleito com maiorias absolutas e devo muito à JSD, onde fui buscar o Tinta Ferreira e o Hugo Oliveira”, recordou.

Hugo Oliveira contou que “houve um líder socialista nas Caldas, há uns anos, que disse que se tivesse uma juventude como a JSD ganhava as eleições”. Pediu também a Rui Constantino para manter a “defesa intransigente dos direitos e anseios da juventude das Caldas”.

Conceição Pereira argumentou que “a JSD não serve só para colar cartazes como de dizia antigamente, hoje tem a capacidade de trazer novos jovens para a política”, lembrando o percurso político do atual Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, que liderou a JSD nacional.

“Muitas vezes discordou do então Primeiro-Ministro e mostrou que a JSD tem de ter o seu próprio pensamento, interrogar e ser a voz que alerta”, frisou.

Rui Constantino esclareceu que não ocupa o cargo de presidente da JSD caldense “por tacho” mas sim “para ajudar os jovens”.

Deixou algumas ideias que defende, como por exemplo, a criação de um gabinete de apoio aos jovens licenciados nas Caldas. “Foi-nos comunicada a grande dificuldade dos jovens artistas que saem da Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha em fazer a contabilidade, a gestão e a patentear as suas obras, e a Câmara tem um papel importante em conjunto com o Instituto Politécnico de Leiria para que os artistas possam na nossa cidade apresentar e vender as suas obras”, comentou.

Alertou, por outro lado, que “a juventude das Caldas precisa de novos estímulos para querer trabalhar e viver na cidade-natal”, assegurando que a JSD “está preparada para responder as essas lacunas e necessidades”.

Defendendo também que o Instituto Politécnico de Leiria tem de passar a universidade técnica porque “a nomenclatura em Portugal vale mais”, concluiu com uma promessa: “A minha equipa vai fazer jus a toda a história da JSD das Caldas da Rainha”.

Ao JORNAL DAS CALDAS, o novo presidente assegurou que vai trabalhar em conjunto com a Juventude Popular na campanha para as eleições legislativas, seguindo assim a coligação existente entre PSD e CDS.