Q

Previsão do tempo

9° C
  • Wednesday 10° C
  • Thursday 14° C
  • Friday 12° C
9° C
  • Wednesday 11° C
  • Thursday 14° C
  • Friday 12° C
9° C
  • Wednesday 11° C
  • Thursday 14° C
  • Friday 12° C

Aposentados, pensionistas e reformados em conferência nas Caldas

Mariana Martinho

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
“Os Governos, a Europa e as Pensões” foi tema da conferência organizada pela Comissão Instaladora da Região Oeste da Associação de Aposentados Pensionistas e Reformados (APRe), que decorreu no passado dia 15, no auditório municipal das Caldas da Rainha.
Raquel Varela, Maria do Rosário Gama e Carlos Alberto

A sessão teve a participação das oradoras Raquel Varela, historiadora e investigadora do Instituto de História Contemporânea, e Maria do Rosário Gama, presidente da APRe.

Raquel Varela começou por abordar questões ligadas ao tema em discussão, afirmando que “não há nenhum problema de envelhecimento em Portugal da população e envelhecer é uma conquista civilizacional”.

As reformas dos pensionistas suportam-se num sistema contributivo de repartição de solidariedade entre gerações, e, segundo a historiadora, “não existe nenhuma legitimidade para haver cortes nas mesmas, existe sim na realidade um problema de relações laborais na nossa sociedade, que pode ou não pôr em causa a sustentabilidade da segurança social”.

“A segurança social depende do emprego e dos bons salários, e da produtividade, não depende da demografia de hoje, nem dependerá nas próximas décadas, assim como do desemprego, que é um dos problemas centrais para a sustentabilidade da mesma”, indicou a historiadora.

A investigadora também explicou que “ser velho não é um problema, ser velho e ter trabalhado a vida toda e ver filhos desempregados ou a emigrar ou com baixos salários, que não conseguem descontar para pagar as reformas de quem já descontou, isso sim, é um problema de uma gravidade enorme”. Salientou ainda que “ser velho, pobre, sozinho e viver num país que remunera títulos da dívida pública a 5% para salvar negócios falidos de uma minoria que vive à conta do estado é insustentável”.

“Nós não temos um problema de envelhecimento em Portugal, nós temos um problema de pobreza dos nossos idosos, e não é a família que tem de cuidar dos seus reformados. Por isso, tem de haver um estado social, salários e pensões dignas que façam com que as pessoas tenham autonomia e qualidade de vida”, afirmou.

Para concluir, Raquel Varela referiu que temos “um país destruído, e portanto, o estado é de emergência social, somos todos nós que estamos em causa porque destruir salários, pensões, mandar pessoas, emigrar e vender bens públicos é o mesmo que chegar à nossa casa e vender todo”.

Maria do Rosário Gama, presidente da APRe, também interveio na sessão, afirmando que a APRe! “está totalmente em desacordo” com alterações na Taxa Social Única (TSU), considerando que a TSU “é massa salarial ou salário diferido” e que “os dinheiros da segurança social são dos trabalhadores e dos que trabalharam e não dos Governos”.

Salientou igualmente que os governantes e os líderes podem ”não ser solidários, mas o povo anónimo é solidário e o Syriza terá o reconhecimento de todos os europeus sujeitos à austeridade da troika”. “Força Syriza, não cedas”, exclamou.

A presidente também alertou para algumas necessidades, como a existência de fóruns seniores, para que sejam analisados e discutidos diversos temas relacionados com o país e com os direitos dos aposentados pensionistas e reformados, a necessidade de existirem novas políticas que promovam o emprego e a melhor distribuição da riqueza e que os reformados votem em consciência, sem esquecer das políticas que os têm afetado.

“Juntos seremos mais fortes na defesa dos nossos direitos”, manifestou Maria do Rosário Gama.

Seguiu-se um período de debate entre o público sobre as intervenções dos oradores.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

Atividade cirúrgica da neoplasia da mama regressa ao Hospital

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde revogou a suspensão da atividade cirúrgica, no âmbito da neoplasia da mama na Unidade Local de Saúde do Oeste (ULSO), nas Caldas da Rainha, confirmou o conselho de administração da ULSO, o que significa que está de regresso.

cancro

Cara de Espelho no CCC

Cara de Espelho atua no dia 18 de janeiro, pelas 21h30, no Grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

cara