A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, anunciou que o homem, com 30 anos, “exercia funções de gestor de conta em delegação de instituição bancária”, que não especifica qual, mas segundo o jornal Correio da Manhã trata-se do extinto Banco Espírito Santo. “Procedeu a movimentações a débito sem conhecimento nem autorização dos titulares das contas, no período compreendido entre o final dos meses de março e de abril do ano passado”. As quantias eram “depositadas noutras contas bancárias, tituladas por terceiros das suas relações próximas, para dissimulação da origem ilícita das vantagens obtidas”. Essas pessoas, da sua confiança, entregavam-lhe depois o dinheiro.
Mediante tal conduta o suspeito “obteve enriquecimento ilegítimo de valor consideravelmente elevado”, mas os clientes não foram lesados porque o prejuízo foi assegurado pela entidade bancária, que descobriu a prática ilícita e que “ressarciu os clientes no montante global de aproximadamente 200 mil euros”.
A descoberta da ocorrência aconteceu quando alguns dos clientes de cujas contas foi retirado dinheiro se queixaram ao gestor e este, para esconder o que tinha feito, inventou uma desculpa e foi retirar cerca de 200 mil euros de uma só conta para cobrir o desfalque. Só que a movimentação de uma quantia tão elevada de um só cliente chamou a atenção da administração, que mandou investigar o caso.
O funcionário, alvo de processo disciplinar que culminou em despedimento, foi presente a tribunal por presumível autoria dos crimes de burla qualificada e de branqueamento, ficando em liberdade enquanto decorre o processo, com a medida de coação de termo de identidade e residência.
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