Já há algum tempo queAna NaveeJoão Reistinham o desejo de fazer uma peça com poesia deO´Neill. Os dois atores tiram agora o projeto da gaveta com ajuda deMaria Antónia Oliveira, responsável pela dramaturgia. Em catorze momentos, são representados vários poemas, crónicas e prosa deO´Neill. Palavras reveladoras da sua relação com o país e com a vida. Também há cartas de “amor e de circunstância, de viagens, de desencontros, escritas pelo poeta.
“Quem se deslocar ao CCC pode esperar um espetáculo ora cheio de ternura, ora divertido, um espetáculo que apela às memórias e ao sentimento disto de ser português”, disse Ana Nave ao JORNAL DAS CALDAS.
A atriz é uma admiradora da poesia de Alexandre O´Neill. “Gosto da sua visão apaixonada sobre o nosso país nas suas pequenas grandezas. Gosto do seu sentido de liberdade, do humor e da sátira com que nos olha sem se excluir em nenhum momento”, sublinhou, acrescentando que sobretudo gosta daminúciasubtil do seu olhar sobre a “vidinha” à portuguesa. “Esta pequena dor à portuguesa, tão mansa, quase vegetal”, sublinhou.
Segundo Ana Nave, o espetáculo tem sido muito bem recebido desde a sua estreia no Teatro de São Luiz, em Lisboa. “Para nós, conseguir levar aos teatros do país esta passagem pelo mundo de Alexandre O’ Neill, partilharcom o públicoesta visão, umas vezes irónica e inconformada, outras vezes comovida e terna, tem sido muito gratificante”, afirmou a atriz.
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, João Reis, que também tem uma grande admiração pela poesia de O’Neill, alegando que “está mais atual que nunca”,disse que este espetáculo nasce de “uma cumplicidade que foi crescendo entre mim e a Ana Nave” no sentido de “podermos dar expressão e tornar visível a sua obra”. “Depois, a seleção e a recolha da Maria Antónia Oliveira, responsável pela dramaturgia, foi absolutamente determinante para “o início da viagem”, indicou.
João Reis não conhece o auditório do CCC mas estrear-se nas Caldas com O’Neill pode “ser um bom augúrio”. “O espetáculo é uma pequena viagem pelo universo que lhe era mais querido: os seus amores e desamores, o quotidiano, a pequena dor à portuguesa e a vida que queria ver transformada em liberdade”, revelou o ator.
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