A obra, que ascende a um milhão e meio de euros, acolhe o centro de acolhimento temporário, o lar de infância e juventude, melhora as instalações da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (lar de idosos), inclui enfermarias, gabinete médico, nova lavandaria, novas câmaras frigoríficas, ginásio e uma zona para as crianças brincarem no terraço.
O novo edifício, cuja primeira pedra foi lançada a 22 de junho de 2012 por altura do 84º aniversário da instituição, foi incluído no programa de regeneração urbana e foi comparticipado pelo QREN (quadro de referência estratégica nacional), contando com um financiamento comunitário de 1,1 milhões de euros. 350 mil euros foram ainda gastos em projetos de eficiência energética.
“É o culminar de uma longa caminhada. Um projeto idealizado há mais de vinte anos e que passou por várias vicissitudes. Surgiu do repto da Câmara para nos associarmos à regeneração urbana e candidatarmo-nos às verbas”, relatou o provedor, Lalanda Ribeiro.
“Temos a promessa da Câmara em ajudar na parte não comparticipada, 20%, que é muito para nós, porque não prosseguimos fins lucrativos, já que aqui entra qualquer pessoa, tenha ou não dinheiro”, anunciou.
O provedor descreveu depois o conjunto de valências que a Misericórdia caldense desenvolve: Estrutura residencial com 67 idosos, internato feminino com 15 meninas, serviço de apoio domiciliário com 60 idosos, casa de repouso com 18 idosos, centro de acolhimento temporário com 15 crianças e jardim de infância com 75 crianças.
O centro de recursos comunitário tem uma cantina social que fornece 184 refeições diárias. Tem 92 clientes e já ajudou 278 pessoas a ultrapassar dificuldades.
No âmbito do contrato local de desenvolvimento social foram atendidos 2008 clientes, havendo 12257 acompanhamentos. 867 clientes receberam formação, 429 foram atendidos na loja social, 69 na horta social, 43 na reorientação profissional, 62 no acompanhamento psicológico, 271 nas visitas domiciliárias e 23 no acompanhamento a potenciais empreendedores.
Desde o início do ano que funciona a rede local de intervenção social, com 504 atendimentos e distribuição de géneros alimentares.
Estima-se que seis mil pessoas na cidade sejam abrangidas por serviços da misericórdia, que tem um orçamento para este ano de 2,4 milhões de euros. É uma das principais empregadoras do concelho, com 125 funcionários.
A requalificação do antigo edifício da Misericórdia é um dos projetos que o provedor pretende concretizar.
No edifício sede continuam a funcionar alguns serviços comuns, nomeadamente os serviços administrativos e a cozinha, bem como muitos dos quartos do lar de idosos, o refeitório e o salão nobre (que liga os dois edifícios), que necessitam de remodelação.
Para o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, “esta inauguração constitui um marco muito importante na consolidação da sustentabilidade social do concelho. Há um conjunto de serviços e tarefas que esta casa proporciona à comunidade que tem de ser estimulado”. No entender do autarca, as novas condições vão permitir melhorar o serviço prestado.
O ministro Pedro Mota Soares elogiou a inovação social presente na obra da Misericórdia e divulgou que “conseguimos uma contratualização que chega a quase um milhão de euros todos os anos para a manutenção da resposta”. “É com instituições destas que queremos continuar a servir os portugueses”, frisou.
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