“Perante os problemas agora evidentes naquela zona da cidade, em matéria de estacionamento e funcionalidade do espaço público, o PSD precisa de encontrar forma de se justificar perante a opinião pública e tentar descredibilizar a proposta oriunda da oposição”, manifesta.
O CDS-PP diz ter cumprido o seu “dever de partido da oposição atento e preocupado” e reconhece a impossibilidade de alterar o que quer que seja na Praça da República nos próximos anos. “Foi de facto uma oportunidade perdida, que confirma a falta de visão de futuro com que tem sido conduzida a cidade e o concelho”, sustenta.
De acordo com o CDS, “começa o comunicado do PSD por referir que o projeto de “regeneração urbana” foi aprovado em 3 de julho de 2009. Muito antes, vários cidadãos, militantes do próprio PSD e também do PS, defenderam a construção de um parque de estacionamento na Praça da República. E não se tratava de cidadãos ou militantes anónimos, mas de autarcas em pleno exercício das suas funções. Mesmo assim, o executivo do PSD decidiu intencionalmente ignorar”.
A proposta do CDS visava a criação de um parque de estacionamento de dois pisos para 250 lugares, sob o tabuleiro da Praça, assim como 100 arrecadações destinadas aos vendedores. “Resolvíamos assim o apoio ao comércio, à praça da fruta, ao turismo e íamos ao encontro da solução do estacionamento imprescindível para o repovoamento do centro desertificado”, indica o partido.
“Ao contrário do que é dito no comunicado do PSD, o CDS-PP não apresentou esta proposta já no início das obras da Praça. Fizemos a sua apresentação pública, exatamente no auditório da Câmara Municipal, no início de outubro de 2013, que pode ser confirmada pelos jornais locais, que lhe deram ampla relevância. As obras na Praça da República tiveram início em meados de janeiro de 2014”, esclarece o CDS.
Para o CDS, “os argumentos de negação” – “que não haveria tempo para aquela obra, sendo indicada como data limite para terminar todas as obras, o dia 31 de dezembro de 2014”, e que “existiriam no subsolo elementos arqueológicos que impediriam uma obra daquela natureza”, não podem ser aceites, porque “as obras continuam a decorrer em várias frentes pela cidade e foi referido pelo arqueólogo responsável que os achados eram provenientes de “entulho” da antiga capela que terá servido para enchimento do tabuleiro e respetiva construção”.
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