Um profissional de saúde que quis manter anonimato sustenta que a atividade médica não pode estar subordinada a “horários rígidos”. Com a introdução do novo sistema, os médicos comentam que “tem que haver flexibilidade porque nem todos acabam as consultas ao mesmo tempo”. Os clínicos não estão contra o controlo biométrico instalado mas consideram que está mal concebido e necessita de reformulação.
Há também quem defenda que em vez da verba que se gastou com a implementação do novo sistema havia como prioridade a compra de novos computadores para os clínicos.
Posição diferente é defendida pelovice-presidentedo Conselho Diretivo daARS-LVT, LuísPisco,alegando que o registo biométrico, que veio substituir a pontualidade pela assinatura do livro de ponto, tem “flexibilidade e os clínicos podem escolher entre variadíssimos horários”. Revelou que recentemente tiveram uma reunião com todos os “diretores executivos da região e com as pessoas responsáveis pelos recursos humanos com o objetivo de fazer uma avaliação e averiguar as dificuldades para serem corrigidas”.
Sublinhou que a implementação do controlo de assiduidade biométrico nas unidades de saúde encontra-se prevista na lei a nível nacional e que está há muito tempo implementado nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. “Obviamente nos hospitais quando foi introduzida houve alguns problemas porque é uma mudança e as pessoas têm alguma dificuldade em adaptar-se”, disse o responsável, acrescentando que “a maior parte dos profissionais de saúde até faz mais horas do que aquelas que estão definidas”.
O vice-presidentedo Conselho Diretivo daARS-LVT revelou ainda que os sistemas de registo de assiduidade e pontualidade automáticosapresentam vantagens na prestação doscuidados de saúde primários.
O JORNAL DAS CALDAS questionou o gabinete de comunicação daARS-LVT sobre o orçamento para a implementação do sistema biométrico mas não obteve resposta.
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