“No Divã”, um filme que junta Paulo Pires, André Gago, Bastet Cabeleira (a esposa do solista dos Xutos e Pontapés), e o maestro António Victorino D’ Almeida, sob a direção do realizador Miguel Costa, vai ser apresentado em Macau no Festival: “The Script Road – Macau Literary Festival”, no final do mês de março.
Nesta viagem a Macau, o cineasta caldense Miguel Costa vai acompanhado pelo maestro António Victorino D’Almeida, compositor da banda musical do seu filme e um dos convidados de honra do Festival, onde irá participar em dois concertos.
Trata-se de uma curta-metragem com a duração de 25 minutos, baseada num guião original de Miguel Costa, e que conta no seu elenco com atores de relevo, tendo como protagonistas Paulo Pires e Bastet Cabeleira nos papéis de Dr. Rodrigo e sua mulher Susana, respetivamente. André Gago interpreta um declamador e António Victorino D’Almeida um pianista improvisador.
Os estreantes Inês Simões, Pedro Borges de Lemos e Pedro Miguel completam o elenco, que integra ainda elementos ligados às Caldas da Rainha – João Elias, Dora Anes, Jéssica Isidoro (aluna da ETEO) e Jéssica Martinho (aluna da ETEO) – secundado por cerca de duas dezenas de figurantes.
Uma parte da equipa técnica também está ligada às Caldas: Ruben Filipe, operador de som (ESAD.CR), Guadalupe Carvalho, assistente de realização, José Paulo, produção, Flávia Costa, operadora de câmara principal (ETEO), Beatriz Rego, operadora de câmara (ex-ETEO) e Ana Vasconcelos, operadora de câmara (ETEO).
A pós-produção foi efetuada nas Caldas da Rainha, na produtora Miguel Costa Filmes, e durou cerca de três semanas.
A banda sonora vive da composição original de António Victorino D’ Almeida, que apoia todo o universo emocional do filme, tendo sido gravada numa sessão privada, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.
As filmagens decorreram essencialmente em dois décors, o interior e exterior da “Casa do Passal”, antiga casa do Cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato, e o Palácio Marquês da Fronteira, em Benfica.
Esta curta recebeu o apoio da Fundação Aristides de Sousa Mendes, Fundação Marquês da Fronteira, Volvo Portugal, Auto-Júlio e Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste.
O filme fala sobre a alma humana, suas necessidades, preconceitos, tensões, desejos, interesses, estímulos, contradições e perversidades. Sem tomar partido por nenhuma das partes, o mesmo tenta mostrar como uma mesma realidade pode ter dois pontos de vista completamente contraditórios.
Esta narrativa pretende ser uma viagem pelo mundo onírico dos personagens principais, o dr. Rodrigo e sua esposa Susana, numa luta entre o universo sensorial e a razão, revelando também a subjetividade circunstancial do ser humano.
Um psicólogo, o dr. Rodrigo, um homem bem na vida, começa a receber visitas de uma paciente misteriosa, que mantém o seu anonimato ao longo das sessões. A mesma conta-lhe a sua história, recebendo em troca os conselhos do doutor. Com o decorrer das consultas o dr. Rodrigo vai-se envolvendo cada vez mais, no universo intrigante e atraente da sua paciente, revelando mesmo grande atração pela figura que nunca viu, pois todas as consultas são dadas com o dr. Rodrigo virado para a janela e de costas para a sua paciente, imposição da mesma.
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