O Ministério do Ambiente revelou que na segunda fase do plano de intervenção global da Lagoa de Óbidos elaborado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil está prevista a realização de uma intervenção na zona superior, na qual se prevê realizar a dragagem dos canais de ligação do corpo da lagoa aos canais da Barrosa e do Bom Sucesso, e ao delta do rio Real.

Está prevista também, nesta fase, a dragagem de uma bacia complementar no Braço da Barrosa, numa área de vinte mil metros quadrados.

A realização desta intervenção “está prevista no período de programação (2014-2020) do Programa Operacional para a Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, no âmbito do Portugal 2020”, e foi transmitida pelo gabinete do ministro à Comissão Cívica de Proteção das Linhas de Água e Ambiente das Caldas da Rainha, que apresentou as suas dúvidas sobre as obras a executar e pediu uma reunião agora uma reunião para esclarecida sobre os prazos de intervenção.

Para a comissão, “se a segunda intervenção não for feita numa sequência de tempo relativa [à primeira] por todo o ano de 2016, poderá a mesma não ter o sucesso que seria desejado”.

O gabinete do ministro informou que a intervenção prioritária da primeira fase do plano, agora iniciada, e em cuja consulta pública a comissão se afirmou concordante quanto à generalidade do projeto, “é justificada pelo grau de assoreamento dos canais e sua meandrização, provocados essencialmente pela derivação contínua da embocadura da lagoa, facto que prejudica a troca de águas do mar e de águas interiores, afetando a qualidade da água na lagoa e o seu comportamento hidrodinâmico”.

“Estes são aspetos críticos para a lagoa, que serão substancialmente melhorados com esta intervenção”, garantiu, indicando que os trabalhos que constituem esta empreitada integram, essencialmente, a dragagem do canal principal norte, do canal principal sul e de dois canais transversais, confluindo um com o canal norte e outro com o canal sul. Inclui ainda a deposição dos dragados no cordão dunar litoral e algum volume na margem esquerda da lagoa, o que contribuirá também para o seu reforço, bem como o fornecimento e plantação do estorno para estabilização biológica e fixação das areias nos cordões dunares norte e sul.