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História da Casa Antero em banda desenhada

Marlene Sousa (texto) Adriana Aguiar e Carina Duarte (fotos)

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A história da Casa Antero em banda desenhada, da autoria do cartoonista caldense Bruno Prates, está em exposição até ao final de janeiro na mais antiga casa de pasto da cidade das Caldas da Rainha.
Bruno Prates e Paulo Feliciano

A história da Casa Antero em banda desenhada, da autoria do cartoonista caldense Bruno Prates, está em exposição até ao final de janeiro na mais antiga casa de pasto da cidade das Caldas da Rainha.

Os desenhos em cartoon recordam os 57 anos da famosa taberna do Beco do Forno. Foi uma atividade que começou em 1957 com a Casa Antero e alargou-se a uma empresa na área da restauração que integra também o Pachá. Segundo o texto da banda desenhada, “o casal Antero fazia a pé o caminho de Pinhal (Óbidos) até Caldas da Rainha para abrir as portas da Taberna Antero aos seus clientes de segunda a segunda. Como só havia transporte no final do dia, a Taberna do Antero era o ponto de encontro da cidade, desde bancários, empregados fabris, motoristas das Caldas e muitos outros. O casal fazia assim da Taberna Antero um local de passagem e contato diário, vincando para sempre a vida social da cidade”.

Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, Bruno Prates diz que para fazer o trabalho comemorativo do 57º aniversário da Casa Antero inspirou-se na conversa que teve com alguns clientes e com Paulo Feliciano, o proprietário do espaço.

Recorda no cartoon que, na década 70, Antero Feliciano compra a sala conjunta à Taberna à viúva do Coradinho. “A pequena taberna servia copos de vinho a cinco tostões onde as pessoas traziam o peixe e batatas comprados na praça para cozinhar, e começa a servir petiscos e refeições num espaço mais amplo e melhorado”. “Quis expressar os momentos mais importantes de uma casa que, apesar da idade, continua a ser uma referência”, sublinhou Bruno Prates.

O cartoonista caldense vai iniciar em março um novo projeto, onde irá fazer a banda desenhada em cartoon de várias casas de pasto de norte a sul do país. A Casa Antero foi o projeto piloto que está a ter sucesso.

A banda desenhada em cartoon comemorativa dos 57 anos da Casa Antero encontra-se em postais, toalhas de mesa, canecas, t-shirts e livros que foram entregues aos clientes.

Vinho servido a copo e tapas

A partir de 1980 Paulo Feliciano regressa da tropa e juntamente com a sua irmã Anabela e sobrinha Filipa dedica-se a tempo inteiro a “cumprir com o sonho dos seus pais, Antero e Olímpia”. Em 1990, Paulo requalifica a sala de refeições e chama-a de Pachá. Com um serviço destinto da taberna, Pachá é um espaço direcionado para refeições gourmet. A taberna Antero passa a chamar-se Casa Antero, cuja especialidade são os tradicionais petiscos, e o serviço de vinho a copo.

Paulo e Anabela Feliciano modernizaram e adaptaram a Casa Antero, que continua a ser de convívio e o ponto de encontro obrigatório de muitos clientes. O vinho a copo, a par dos petiscos, salgadinhos, queijos e famosas tapas, continua a ser a referência deste espaço que, periodicamente, recebe exposições, workshops e jantares temáticos.

Ao JORNAL DAS CALDAS, Paulo Feliciano faz um balanço positivo, referindo que a história da Casa Antero continua a ser uma marca do espaço. “Havia um convívio e uma camaradagem entre todos os clientes. Parecia uma grande família que se reunia todos os dias no Beco do Forno”, disse o responsável, que tentou manter as careterísticas que tinha para continuar a agradar os clientes e captar novos. “Tem sido a exigência dos nossos clientes que nos tem feito inovar”, apontou.

Continua a vender o vinho a copo mas com a novidade de comercializar vinhos de marca de várias regiões. Destaca o trabalho da equipa constituída por dez pessoas e diz que um dos segredos do negócio é o “serviço e produtos de qualidade aliados aos preços simpáticos. Frisou que uma das prioridades é continuar com fornecedores de confiança. Recorda que os petiscos mais pedidos eram o peixe frito, os pastéis de bacalhau e a dobradinha que continuam a fazer às segundas-feiras. “Felizmente continuamos a ter o cliente antigo que ajudou a fazer a casa e temos pessoas novas que apreciam a nossa ementa variada, onde tentamos sempre divulgar os produtos e serviços regionais, contribuindo não só para uma melhoria do contexto macro-económico local, mas também para a vida social de todos”, referiu Paulo Feliciano.

Como projetos para o futuro, vai continuar com os eventos, exposições e workshops e sobretudo com “a qualidade dos produtos regionais, proporcionando um local de encontro e convívio”.

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