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Família de idosa que morreu no hospital de Peniche apresenta queixa

Francisco Gomes

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Os familiares de uma idosa de 79 anos, com problemas cardíacos, que morreu no passado dia 5 no hospital de Peniche após ter estado cerca de dez horas na unidade de saúde com fortes dores no peito sem que as análises realizadas tenham permitido efetuar o diagnóstico, queixam-se de alegada negligência médica, por entenderem que foi decidido tardiamente realizar um exame que eventualmente poderia ter evitado o falecimento.
Filhas da vítima estão indignadas com o hospital

Os familiares de uma idosa de 79 anos, com problemas cardíacos, que morreu no passado dia 5 no hospital de Peniche após ter estado cerca de dez horas na unidade de saúde com fortes dores no peito sem que as análises realizadas tenham permitido efetuar o diagnóstico, queixam-se de alegada negligência médica, por entenderem que foi decidido tardiamente realizar um exame que eventualmente poderia ter evitado o falecimento.

Maria Domicília Santos, residente em Geraldes, Peniche, deu entrada no serviço de urgência pelas nove e meia da manhã. “Queixava-se de uma dor no peito, que a afetava nas costas, no ouvido e na cabeça, o que só podia ser gravíssimo. Foi logo para a triagem. Mas até às quatro e meia da tarde disseram-nos que não sabiam os resultados das análises, que iam para Caldas da Rainha, porque o hospital de Peniche não tem laboratório, e depois indicaram que não havia nada de relevante no electrocardiograma e noutro exame que fizeram”, contou Maria Eunice, uma das filhas.

“Foi quando exigi falar com o médico que estava a assisti-la, que pediu a um outro médico para observá-la e que disse ao colega na minha frente: “O que é que está à espera para fazer uma TAC [Tomografia Axial Computadorizada, um método complementar de diagnóstico por imagem]?””, relatou a familiar.

Foi então decidido realizar a TAC, no hospital das Caldas da Rainha. Só que antes do seu transporte, faleceu.

“Se não existem recursos no hospital à altura de tratar de um problema com sintomas desta natureza, o médico devia enviá-la para uma unidade onde houvesse, mas isso devia ter acontecido logo durante a manhã, pelo que achamos que mais alguma coisa devia ter sido feita”, contesta Maria Teresa, outra filha da vítima.

O Centro Hospitalar do Oeste informou que “desde a sua admissão, a utente permaneceu sob acompanhamento médico e vigilância, de acordo com as manifestações clínicas apresentadas”, adiantando que “a causa da morte vai ser apurada através da autópsia solicitada”. Ao mesmo tempo foi aberto um inquérito de averiguação.

Segundo as familiares, Maria Domicília, reformada do comércio de produtos alimentares, era uma pessoa “muito ativa e autónoma”, e apesar da sua idade costumava dedicar-se à pesca na ilha do Farol, no Algarve, quando todos iam de férias.

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