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Auditoria à câmara da Nazaré diz que há dívidas não declaradas do anterior executivo

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Uma auditoria externa encomendada pela câmara da Nazaré conclui pela existência de 5,3 milhões de euros em dívidas não declaradas pelo anterior executivo municipal, mas o então presidente diz que as faturas foram registadas, embora fora do prazo legal.

Uma auditoria externa encomendada pela câmara da Nazaré conclui pela existência de 5,3 milhões de euros em dívidas não declaradas pelo anterior executivo municipal, mas o então presidente diz que as faturas foram registadas, embora fora do prazo legal.

A auditoria, a que a Lusa teve acesso, incidiu sobre os registos contabilísticos referentes ao período entre janeiro de 2011 e outubro de 2014 e conclui pela existência de diferenças entre “os passivos evidenciados nos vários mapas de reporte contabilístico e as listagens de faturas registadas”.

De acordo com o relatório, faturas relativas a dívidas decorrentes de aquisições de bens e serviços, efetuadas entre 2003 e 2011, no valor de 3 049 176,31 euros, só foram registadas “entre 2012 e 31 de outubro de 2014”.

Ainda segundo o mesmo relatório, a situação repetiu-se nos anos seguintes, com dívidas no valor de 1 233 074,90 euros, datadas de 2012, a só aparecerem registadas em 2013, e dívidas de 2013, no valor de 1 023671,97, só registadas em 2014.

A auditoria, encomendada pelo atual presidente, Walter Chicharro (PS) à empresa BDO & Associados “veio demonstrar que não foi declarada dívida superior a cinco milhões de euros, o que já não deveria existir, de acordo com a lei geral, e que se torna ainda mais gravoso após a publicação da Lei dos Compromissos”.

Contactado pela Lusa, o anterior presidente, Jorge Barroso (PSD), afirmou não ter havido “qualquer ocultação de dívida” já que “o registo das faturas foi feito, embora não na altura certa”.

O então presidente disse ter também, enquanto líder do executivo, “encomendado uma auditoria externa, por considerar que os serviços estavam a ter dificuldade em controlar toda a dívida” e da qual terá saído “o conhecimento desses valores em dívida que foram registados assim que possível”.

Nesse sentido, afirmou que “esta auditoria [da BDO] não encontrou nada que não fosse já do conhecimento de toda a gente”.

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