Como é importante conhecer a moda! Roupas para elas, automóveis para eles são uma presença obrigatória nas páginas das revistas e jornais. Há no entanto uma lacuna antropológica lamentável.
Não se fala na moda da alma. Sim! Não nos faltará um figurino que nos guie no bem estar da alma? Que é adequado à alma humana usar neste tempo que nos toca viver?
Sem dúvida que o tema da família está de moda. A unidade do casal deve estar sempre presente nas várias estações da vida e deve ser oferecida à sociedade como um bem precioso. A harmonia entre os pais é uma riqueza para os filhos e deve ser respeitada e fomentada por parentes, amigos, patrões e colegas de trabalho. Já muito se tem falado e escrito sobre os mártires da indissolubilidade do matrimónio, começando por S. João Batista, embora José do Egito também tenha ficado para a história ao resistir às seduções da mulher do faraó, arriscando o cativeiro caso surgisse um falso testemunho por despeito, como veio a suceder. José respeitou o casamento do faraó. E ainda não existiam sacramentos!
A moda da defesa da unidade matrimonial ganhou um novo impulso no séc. XX graças ao martírio do Pe. Maximiliano Kolbe. Este sacerdote, agora santo, deu a sua vida em troca da de um outro prisioneiro, no campo de concentração de Auschwitz, porque este tinha mulher e filhos. Com esse gesto, S. Maximiliano protegeu não só a unidade do casal como a da família. Aquele prisioneiro voltou para a sua mulher e filhos. Todos juntos de novo! Por isso, poderíamos chamar a S. Maximiliano, com justiça, o protetor da unidade familiar.
Este é um facto conhecido, mas os nossos tempos foram bem marcados por esta moda de embelezar a alma. Os episódios são muitos e variados, embora não sejam objeto de notícias mediáticas. Quantas mulheres não levam uma vida cheia de dificuldades, devido aos maltratos e infidelidades do marido, por amor aos filhos? E o mesmo se pode dizer em relação aos homens com as suas mulheres. A heroicidade destas pessoas tem valor acrescentado, pois a sua paciência e generosidade não é protegida nem respeitada pelas leis humanas e nem sequer compreendida. A sua fortaleza é considerada fraqueza e, por vezes, os conselhos de falsos amigos vão no sentido de imitar o comportamento agressivo e infiel do cônjuge.
A moda para empresários, também iniciada no séc. XX, consiste em dar trabalho a pessoas casadas, homens ou mulheres, facilitando-lhes horários compatíveis com as suas responsabilidades familiares. Isto porque também os empresários devem aspirar à santidade, sacrificando lucros desonestos ou a exploração dos seus colaboradores. E até os vizinhos idosos podem “usar” modelos de santidade familiar, ao ajudarem a entreter as crianças do seu prédio, ao se oferecerem para ficar com o bebé constipado enquanto a mãe vai às compras, etc.
Os acessórios são um complemento importante. Um sorriso de compreensão fica a condizer em qualquer momento de convívio e as palavras obrigada, se faz favor e perdão, sugeridas pelo Papa Francisco, devem ter lugar de honra no trato familiar.
Assim, aqui deixo estas poucas sugestões da moda a seguir, com a garantia de que ficará bem à alma de qualquer um.
0 Comentários