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Balanço do ano nas Caldas da Rainha

12 meses, 12 destaques

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

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O JORNAL DAS CALDAS ao longo das 52 edições de 2014 relatou muitas histórias, muitos exclusivos, muitas notícias em primeira mão. Damos aqui conta da capa que achámos mais importante de cada mês.

O JORNAL DAS CALDAS ao longo das 52 edições de 2014 relatou muitas histórias, muitos exclusivos, muitas notícias em primeira mão. Damos aqui conta da capa que achámos mais importante de cada mês.

No dia 29 de janeiro, o JORNAL DAS CALDAS noticiava em manchete que a Comissão de Utentes “Juntos pelo Nosso Hospital” reuniu com o conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste e transmitiu que não queria acumulação de macas no corredor da urgência do hospital das Caldas.

A comissão apresentou dez medidas que considerava “urgentes” para a melhoria do Serviço de Urgência. Para a comissão, o Conselho de Administração não devia permitir “a enorme acumulação de macas em corredores da urgência, promovendo uma maior oferta de internamento”. Sugeria que se aproveitasse a capacidade instalada e aumente o número de camas de Medicina Interna em Peniche, para ali transferir doentes.

A realização de obras de ampliação e modernização do Serviço de Urgência, assim como “aquelas há muito previstas no piso cirúrgico do Hospital das Caldas, de forma a proporcionar um melhor atendimento dos doentes”, era pretendida pela comissão.

A comissão defendia a existência de duas urgências médico-cirúrgicas e deixava claro que, a haver uma só, “só pode ser nas Caldas”, em vez de Torres.

No mês de fevereiro, destacamos a edição de dia 12, em que a manchete era sobre as obras na Praça da Fruta que estavam a causar divisão e trocas de acusações entre partidos.

Os vereadores do Partido Socialista na Câmara das Caldas votaram contra a proposta do CDS que reclamava a suspensão das obras na Praça da Fruta (alguns dias antes delas terem começado).

“Consideramos que este projeto do CDS peca sobretudo pela sua inoportunidade. Esperar pelo momento em que as obras se preparam para começar para sugerir alterações tão substantivas reflete precisamente o mesmo tipo de práticas e vício de raciocínio de absoluta ausência de planeamento que imputamos a esta maioria PSD”, manifestaram Rui Correia e Jorge Sobral.

“As obras em curso há muito que foram programadas, projetadas e amplamente discutidas na Câmara e na Assembleia Municipal, tendo o seu suporte financeiro no atual quadro de apoio comunitário. Foi, pois, com enorme estupefação que o PSD tomou conhecimento da posição do CDS contra a remodelação em curso”, declarou Hugo Oliveira, presidente do PSD das Caldas da Rainha, questionando: “Onde estava o CDS quando se discutiu o projeto? Em Caldas? Na Assembleia da República? Ou distraído?”.

No mês de março, a manchete do dia 12, dava conta de que a empresa espanhola contratada pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha para definir as medidas necessárias para manter a água mineral natural em condições, de modo a que possam ser realizadas as necessárias intervenções para a reabertura do Hospital Termal, propunha uma intervenção imediata que se estimava custar à autarquia cerca de 500 mil euros.

A FRASA – Engenheiros Consultores, a quem foi adjudicada a auditoria ao sistema de captação, adução e distribuição de água mineral natural do Hospital Termal, indicava os investimentos a fazer para garantir o funcionamento das instalações com qualidade aceitável e que permitam manter a satisfação da oferta ao nível da existente em 2008, quando a unidade de saúde estava aberta.

Eram defendidas intervenções ao nível das captações, da adução de água termal, dos reservatórios e instalações.

Em abril, a edição do dia 16 noticiava que o secretário de estado do ambiente confirmava a opção na Lagoa de Óbidos: Dragagens sem construir um dique.

Paulo Lemos confirmou, mediante despacho, que a solução para a Lagoa de Óbidos passará apenas pela realização de dragagens do corpo lagunar, ficando assim de lado a opção que passava pela construção de um dique de guiamento.

“Vamos, assim, avançar apenas com a dragagem do corpo lagunar inferior, numa primeira fase, a qual será complementada no próximo quadro comunitário de financiamento com a dragagem do corpo lagunar de montante”, afirmou o Secretário de Estado. “O abandono da solução de construção do dique prende-se com o facto de não preconizar suficiente garantia de êxito, para além dos impactes paisagísticos da mesma. Estamos, por isso, a optar pela solução que se julga mais eficaz, acautelando ao mesmo tempo as preocupações manifestadas pelos autarcas e populações”, sublinhou Paulo Lemos.

Maio, mês das festas na cidade, e como não podia deixar de ser, a manchete de 21 de maio que aborda a grande animação nas comemorações do feriado municipal é uma justa referência.

A Câmara das Caldas entregou 22 medalhas de mérito no dia da cidade. Rita Guerra encantou nas Festas da Cidade. O apoio social e a qualidade de vida dos idosos estiveram em destaque no feriado municipal. O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, visitou no dia 15 de maio as obras de ampliação das novas instalações da Santa Casa da Misericórdia das Caldas e inaugurou a extensão do Lar da Foz do Arelho.

Nesse dia foi inaugurada a escultura de José Aurélio na rotunda junto à Comunidade Intermunicipal do Oeste para homenagear ex-combatentes e lançada a primeira pedra da sede da associação de Monte Olivett. O Festival do Cavalo Lusitano do Oeste encheu o Parque, no âmbito das festividades.

Em junho, a capa em realce é de dia 11, que dá conta que o tribunal das Caldas absolveu os arguidos do acidente há 13 anos verificado com a queda do viaduto da A15. Os onze arguidos – engenheiros e encarregados de obra, com idades entre os 41 e os 66 anos – estavam acusados de terem responsabilidade na queda do viaduto da Fanadia em construção na A15, que provocou quatro mortos e doze feridos.

O coletivo de juízes admitiu “dificuldade em chegar à decisão devido à complexidade técnica” do processo e concluiu “não conseguir identificar, com um mínimo de certeza legalmente admissível, de que forma é que se produziu o acidente ocorrido em janeiro de 2001, quando dezasseis trabalhadores caíram de um tabuleiro em construção a cerca de vinte metros do solo, durante as operações de betonagem

O coletivo presidido pelo juiz Arlindo Crua recusou “arranjar bodes expiatórios” e deste modo, havendo “insuficiência de prova precisa”, o tribunal “não conseguiu imputar a nenhum dos comportamentos que em concreto indiciassem os crimes”, nomeadamente as dúvidas sobre deficiências nas estruturas em construção ou nas fundações.

A companhia de seguros Fidelidade ia pagar 390 mil euros às famílias das vítimas mortais e a trabalhadores que sofreram ferimentos a título de indemnização cível por morte e por danos não patrimoniais.

Terá sido a decisão do ano nas Caldas da Rainha – a aprovação, por parte da Câmara, dos contratos com o Estado para gestão do património termal. Isso mesmo noticiámos na edição de 2 de julho.

A Câmara das Caldas analisou os contratos para exploração da água termal e gestão do Parque e da Mata e decidiu aprová-los, remetendo-os ao Estado com algumas sugestões de alterações que gostaria de ver implementadas mas que, caso não fossem, não condicionavam a decisão tomada com os votos favoráveis do PSD e CDS e a abstenção do PS, isto é, os autarcas aceitaram os protocolos, pedindo que sejam consideradas as propostas acessórias.

O contrato enviado pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) para atribuição de direitos de exploração da água mineral natural das Caldas da Rainha referia que o Município terá como encargo de exploração a obrigação de pagar à DGEG uma compensação anual calculada com base na água mineral natural extraída de captações autorizadas e cujo valor seguirá uma fórmula baseada na taxa em 0,20 euros por metro cúbico de água extraída, e que a Câmara propôs que seja 0,10 euros.

Quanto à cedência do património sob administração do Centro Hospitalar do Oeste, os imóveis são cedidos por um período de 50 anos, prorrogáveis. A Câmara pretende que sejam 70 anos.

A Câmara tenciona que o pagamento de uma renda seja repartido por 45 anos, em vez de 25 anos.

Em agosto, a capa do dia 27 revela em primeira mão que a Câmara Municipal das Caldas da Rainha deliberou criar o serviço de guardas-noturnos na cidade, devendo iniciar em breve o processo. Constituem deveres do guarda-noturno permanecer na área em que exercerá a atividade durante o período de prestação do serviço e comunicar à PSP o recurso a força física, arma de fogo de defesa ou ocorrência de quaisquer ilícitos.

A atividade de guarda-noturno é compensada pelas contribuições voluntárias das pessoas singulares e coletivas que beneficiem da função. O regulamento da função de guarda-noturno foi já aprovado na Assembleia Municipal, tendo a PSP, entre outras entidades, sido consultada e instada a pronunciar-se, acabando por propor algumas alterações. A seleção dos candidatos será feita por um júri, composto pelo presidente da Câmara ou quem este subdelegar, um membro a indicar pela Assembleia Municipal, um elemento indicado pela PSP e um representante da Associação Comercial dos Concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos.

“Temporal provoca caos na cidade”, o título da manchete de 24 de setembro. Aguaceiros muito fortes, acompanhados de trovoada deixaram várias zonas nas Caldas da Rainha e arredores sem eletricidade e com inundações, o que provocou diversos condicionamentos nas estradas, e entupiu o quartel de bombeiros com chamadas pedindo a sua intervenção.

A forte precipitação que se fez sentir entre as 7h30 e as 8h00, provocou várias inundações nas Caldas da Rainha. Foram sobretudo afetadas garagens, cujos proprietários tinham grandes prejuízos.

Bastou cerca de meia hora de intensa chuva para provocar quase três dezenas de inundações comunicadas aos bombeiros das Caldas da Rainha, que mobilizaram para os locais 35 elementos e sete viaturas.

Em outubro, a manchete do dia 8 refere-se à gestão camarária avaliada pelos políticos caldenses, após Tinta Ferreira cumprir um ano de mandato como presidente da Câmara.

Emanuel Pontes, do MVC, considerou que “este primeiro ano revela mais do mesmo e que Fernando Costa não preparou os seus discípulos. Tinta Ferreira “é o presidente dos atrasos nas obras da regeneração urbana, com os comerciantes prejudicados”.

“O presidente Tinta Ferreira está a tentar resolver problemas”, sustentou Fernando Rocha, do Bloco de Esquerda, para quem “o dr. Tinta Ferreira e o seu executivo receberam um presente envenenado, e estão amarrados a prazos e contratos”. “Até ver dou-lhe o benefício da dúvida”, disse.

Rui Gonçalves, do CDS-PP, sublinhou que “nas obras, o dr. Tinta Ferreira aparenta ser diferente mas na verdade não é assim tão diferente. Em relação à oposição não distribuiu pelouros. Faz de conta que toma em consideração as opiniões da oposição, até as aprova mas na verdade não as executa”.

João Frade, do PSD, destacou a aprovação da passagem da gestão do património ter- mal para a Câmara. “Conseguiu-se dar uma nova imagem à cidade e houve também uma aposta em realizar eventos para atrair turistas e consumidores, e dar outra visibilidade ao concelho”, apontou. “Há igualmente uma aposta nos impostos baixos que este executivo mantém”, argumentou.

Novembro chegou e eis que a Praça da Fruta reabriu. Depois de dez meses num espaço alternativo por detrás do Chafariz das 5 Bicas, os vendedores regressaram ao local.

Apesar da dificuldade com os toldos, os vendedores estavam satisfeitos, relatámos na edição de 12 de novembro.

No dia de estreia das novas bancas e toldos, cedidas pela autarquia gratuitamente, os vendedores continuavam

a reclamar que os ferros da estrutura eram muitos pesados e que é preciso duas pessoas para montar e desmontar as estruturas. Muitos dos comerciantes foram mais cedo para o mercado para montar os toldos. Contudo, o balanço do primeiro dia foi positivo no emblemático mercado de frutas e legumes ao ar livre, com a grande maioria dos vendedores e compradores a dizer que a praça estava melhor organizada e que as novas bancas tinham mais condições.

Na capa de 10 de dezembro é relatada a história da indignação com a visita-surpresa do ministro da saúde à urgência do hospital das Caldas.

A visita de Paulo Macedo apanhou de surpresa os autarcas do concelho. Representantes de vários partidos disseram ao JORNAL DAS CALDAS que a vinda do ministro sem avisar é “uma afronta”, quando tem vários pedidos de audiência sem que tenha dado qualquer resposta.

Durante a visita, sem a presença de qualquer representante da Câmara, que não foi convidada, Paulo Macedo teve a oportunidade de verificar os problemas físicos das instalações com a acumulação de doentes, obrigados a ficar internados em macas no corredor, por causa do “insuficiente número de camas”. O governante ouviu queixas de doentes e acompanhantes, que deram nota de tempos de espera superiores a hora e meia e reivindicaram a remodelação do serviço.

Segundo a administração, o governante “foi sensível às diversas questões colocadas, perspetivando-se a possibilidade de a curto prazo serem desbloqueadas algumas situações pendentes”, havendo “o compromisso para, cumpridas avaliações prévias, avançar com as obras necessárias para o alargamento da Urgência, melhorando de forma significativa as condições físicas de funcionamento”.

A remodelação do serviço implica, segundo a administração, um investimento superior a um milhão de euros.

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