A remodelação do serviço implica, segundo a administração, um investimento superior a um milhão de euros.
Durante a visita, sem a presença de qualquer representante da Câmara, que não foi convidada a estar presente, Paulo Macedo teve a oportunidade de verificar os problemas físicos das instalações com a acumulação de doentes, obrigados a ficar internados em macas no corredor, por causa do “insuficiente número de camas”. O governante ouviu queixas de doentes e acompanhantes que deram nota de tempos de espera superiores a hora e meia e reivindicaram a remodelação do serviço.
O administrador do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Carlos Sá, disse à comunicação social que foi uma visita de trabalho que já estava agendada. No entanto, a vinda de Paulo Macedo a Caldas foi uma surpresa para os autarcas, profissionais de saúde do hospital e também para a imprensa, que soube da presença do governante no próprio dia. Carlos Sá garantiu que a presença do governante não está relacionada com os problemas que o hospital tem vivido recentemente e que tem sido notícia nos jornais, como a vigília dos enfermeiros que denunciaram a “situação caótica no Serviço de Urgência”.
No final da visita Paulo Macedo recusou falar com os jornalistas que o acompanharam. À pergunta sobre “o que achou do Serviço de Urgência”, o ministro respondeu apenas ser “uma visita normal de trabalho”.
A visita às urgências decorreu depois de uma reunião de trabalho entre o ministro e a administração hospitalar, onde Carlos Sá reforçou a necessidade da remodelação do serviço de urgências. “Durante esta reunião, foram analisados os principais desafios que se colocam ao CHO, entre os quais a necessidade de alargamento e requalificação do serviço de urgência médico-cirúrgica da unidade das Caldas da Rainha e a necessidade de reforço orçamental e do quadro de pessoal em várias áreas, nomeadamente em diversas especialidades médicas”, disse o administrador.
Recorde-se que a Câmara e a Assembleia Municipal das Caldas enviaram há duas semanas um documento ao ministério da saúde solicitando uma audiência com maior urgência ao ministro Paulo Macedo para esclarecer preocupações face à degradação dos serviços de saúde.
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