Responsável por várias mortes e dezenas de pessoas internadas e em observação nos hospitais, a bactéria Legionella não é de todo desconhecida dos caldenses, já que a sua presença em valores superiores aos normais na água mineral natural levou ao encerramento do serviço de hidrobalneoterapia do Hospital Termal, o que ainda se mantém.
Em “Pontos de Vista”, fórum político da Mais Oeste Rádio/Jornal das Caldas, o assunto foi recordado.
José Carlos Faria, da CDU, manifestou que “surpreende-me que nas Caldas o grau de contaminação não tenha tido um saldo trágico, o que me leva a perguntar se seria mesmo Legionella, porque aqui havia condições para a difusão célere da bactéria”.
Edgar Ximenes, do MVC, não acredita em “teorias da conspiração, independentemente da má vontade e ambiente que foi criado para favorecer o encerramento do Hospital”.
Para António Cipriano, do PSD, “a Legionella no Hospital Termal deveu-se à incúria das sucessivas administrações que durante muitos anos não fizeram as obras de manutenção que teriam impedido a contaminação”.
Manuel Nunes, do PS, lembrou que “o Centro Hospitalar disse que não fazia inspeções às águas por não ter dinheiro, o que é surrealista, porque toda a gente sabia que eram precisos exames para ter um estabelecimento destes a funcionar”.
Rui Gonçalves, do CDS, não tem dúvida no que se passou nas Caldas: “Não foi incúria, nem desmazelo. Houve uma intenção – só não foi declarada e assumida – de descartar o Hospital Termal”.
“A partir do momento em que não se faz a manutenção, sabe-se que aparecem as bactérias”, referiu.
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