Quando Manuel Simões, proprietário do restaurante-cafetaria “Ti Manel”, colocou as chaves na porta para entrar, antes das oito da manhã, estava longe de imaginar o cenário que iria encontrar: “Tentei logo chegar ao quadro de eletricidade, mas não foi possível, porque o fumo não me deixava ver. Tiveram de ser os bombeiros a apagar as chamas e é muito triste porque quase nada restou”.
O comerciante, de 61 anos, explorava o restaurante há ano e meio, e perdeu o equipamento, mercadorias e loiças, para além de computadores e documentação, consumidos pelas chamas. O primeiro andar, que serve de habitação, ficou ligeiramente afetado pelo fumo, mas os moradores não sofreram nada.
“O imóvel tem seguro, mas não cobre o recheio”, indicou Manuel Simões, que empregava três funcionários. “Não sei se cem mil euros chegarão para voltar a colocar a casa a funcionar, mas agora é levantar a cabeça e tentar recuperar. Morrer teria sido pior”, desabafou.
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