O corpo de Alípio Pereira, de 50 anos, já foi libertado pelas autoridades suíças, depois das perícias efetuadas, e pode ser trasladado. Os outros dois aguardavam a conclusão dos exames do Instituto de Medicina Legal suíço, o que deveria acontecer no início desta semana.
A comunidade portuguesa do cantão de Berna juntou-se para serem realizados uma missa e um peditório para ajudar os três órfãos resultantes deste crime.
Dez dias após a tragédia na povoação de Wilderswil, sabe-se que as ameaças e perseguições a Lídia Leitão, de 42 anos, que trabalhava numa lavandaria, e ao atual companheiro, Jerónimo Pereira, de 52 anos, que trabalhava num hotel e com quem tinha casado há três meses, já durariam há algum tempo.
O casal assassinado chegou a viver em Schuls, perto da fronteira com o Liechtenstein, mas mudou-se para Wilderswil, a cerca de 260 quilómetros, para fugir das perseguições de Alípio.
Os três foram encontrados mortos. Alípio viajou de Portugal para matar Lídia com um tiro, desesperado por ter perdido a custódia do filho de ambos, fazendo o mesmo a Jerónimo, de quem chegou a ser grande amigo. De seguida disparou contra si próprio.
Os dois homens eram naturais da freguesia do Nadadouro, nas Caldas da Rainha, e a mulher tinha família nas Caldas da Rainha, para onde deverão vir dois dos três filhos de Lídia que estavam na Suíça – uma rapariga de 16 anos e um rapaz de seis anos, este filho de Lídia e Alípio. Diana, de 20 anos, ficará na Suíça, onde trabalhava algumas horas numa lavandaria, que lhe ofereceu emprego a tempo inteiro.
As condições sociais e económicas dos avós maternos foram analisadas pelo Tribunal de Menores de Berna e os filhos de Lídia foram ouvidos por um psicólogo da Segurança Social da Suíça.
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