A representante da instituição europeia, que é natural de Alcobaça, promoveu a iniciativa o ano passado na Escola D. Inês de Castro, estabelecimento de ensino onde estudou. Este ano decidiu vir às Caldas, porque o seu irmão estudou nesta cidade.
Na Escola Secundária Raúl Proença ao longo do dia e para três turmas foi “embaixadora” da Comissão Europeia, tendo conversado com os alunos sobre a Europa e partilhado a sua experiência de trabalho, ao mesmo tempo que promoveu o debate sobre temas relacionados com a União Europeia.
“O objetivo desta iniciativa é dar um rosto à Europa e aproximar as instituições dos cidadãos, sobretudo às camadas mais jovens, dando-lhes a possibilidade de contactar diretamente com alguém que trabalha na Comissão Europeia, disse Catarina Pascoal, que estudou tradução no Instituto Politécnico de Leiria e já deu aulas de português para estrangeiros em duas universidades alemãs. “O nosso objetivo é também trazer programas de intercâmbio com outras escolas, a nível universitário, de estágio, voluntariado que podem fazer no estrangeiro, e também apoio na ajuda ao primeiro emprego”, adiantou esta responsável.
Catarina Pascoal falou aos jovens sobre a sua experiência de trabalho na Comissão Europeia. “Estou na Alemanha, a trabalhar para uma direção geral da comissão, que é o centro da investigação ligado à energia nuclear. Este centro está na Alemanha, mas existem mais em Itália, Espanha, Bélgica e Holanda”, explicou, a tradutora, que trabalha neste serviço desde 2005. No entanto, já trabalhou no jornal oficial da União Europeia, como revisora na equipa portuguesa, depois no Banco Europeu do Investimento no Luxemburgo, no departamento de impacto ambiental e também numa agência europeia em Alicante, Espanha, que tinha a ver com a propriedade intelectual e o registo de marcas e desenhos a nível europeu.
Também falou aos alunos sobre a sua experiência como estudante do programa Erasmus, sobretudo das dificuldades nos primeiros três meses com o clima, língua, a mentalidade, tradições e a distância.
Para Catarina Pascoal é muito agradável trabalhar na União Europeia. “Gosto muito do multilinguismo, multiculturalismo. É exigente, os desafios são diários porque trabalharmos com colegas de várias nacionalidades e de várias faixas etárias”, apontou, acrescentando que “o que é para nós normal, para uma outra cultura poderá ser algo estranho e até extremamente ofensivo. São desafios diários mas é muito enriquecedor”.
O Back to School teve um balanço muito positivo em 2007 durante a presidência portuguesa da União Europeia, o que levou os promotores do programa à repetição da iniciativa em 2009 e 2011, 2013 e agora em 2014.
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