O vereador do CDS/PP, Rui Gonçalves, defendeu que a gestão não poderá colocar em causa a situação financeira do Município. “Sabemos que o Parque e a Mata constituem por si um novo encargo a adicionar aos existentes e a suportar pelos caldenses. Não podemos por isso correr o risco de criarmos outros encargos não previstos”, manifestou.
Face a algumas dúvidas surgidas relativamente à sustentabilidade económica do Hospital Termal, nos moldes em que o mesmo tem existido, considera o CDS-PP de vital importância que seja feito um estudo de viabilidade económica do Hospital Termal, “para que não sejamos confrontados com surpresas que venham a pôr em causa as contas do Município”.
“Esse estudo deve ter caráter de urgência, face à proximidade da assunção de responsabilidades pela Câmara, deve ser feito por uma entidade independente, com credibilidade comprovada e deverá ser tão abrangente quanto possível, relativamente ao modelo de gestão, à estrutura física que alberga o Hospital, ao atual estado do mercado, etc…”, elencou.
Os vereadores do PS na Câmara das Caldas votaram contra esta proposta do CDS-PP, por considerarem que, “sendo impensável relançar o projeto termal sem um estudo técnico com esse propósito, o momento em que se apresenta esta proposta, “com caráter de urgência”, é extemporâneo”.
“A autarquia não possui qualquer informação sobre qualquer decisão governamental em relação à concessão daquele património. Fazer um estudo de viabilidade económica, num momento em que se ignoram as mais elementares variáveis endógenas e exógenas que determinam o sucesso deste empreendimento, constitui, em nosso entender, uma excentricidade dispendiosa”, sustentam.
Segundo os autarcas do PS, “a proposta pretende que seja realizado um estudo de viabilidade económica e não um estudo de teor estritamente financeiro. Assim compreendido, haverá lugar a conclusões referentes ao modelo de gestão a adotar, ponderação que nos parece fundamental que seja acompanhada pelas conclusões grupo de trabalho entretanto criado e apoiado pela autarquia e que reconhecidamente, está a fazer um trabalho de que se esperam conclusões operacionais de relevância”.
“Não consideramos apropriado que se criem estruturas de reflexão paralelas, sobre o hospital termal, desgarradas, redundantes e que possam concorrer entre si com soluções excessivamente incompatíveis”, argumentam os vereadores, que apontam terem sugerido ao CDS-PP que “esta proposta fosse apresentada em tempo oportuno, ampliando assim a sua efetiva utilidade, eventualmente em articulação próxima com as conclusões de outros relatórios”. Essa proposta foi recusada, tendo a realização de um estudo de viabilidade económica para o hospital termal merecido a aprovação dos restantes elementos do executivo camarário.
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