“Tem uma média salarial acima dos 1200 euros por mês. É um estímulo que damos aos trabalhadores”, revelou Samuel Delgado, administrador da Solancis.
Assim se percebe a satisfação dos trabalhadores, como Marco Aniceto, que comentou que “comparando com a grande parte dos salários a nível nacional, é um serviço bem pago”.
A associação que representa a indústria extrativa e transformadora aproveitou a visibilidade dada ao setor pela visita do presidente da República a esta empresa para deixar alguns recados, nomeadamente às câmaras municipais.
Miguel Goulão, vice-presidente executivo da ASSIMAGRA, manifestou que “este setor só consegue existir se tiver acesso ao território. Estamos a falar de um país que ainda tem alguns problemas ao nível do ordenamento e PDM’s desadequados às necessidades do setor. Por isso é importante que quem tenha a responsabilidade de planear em Portugal perceba que o recurso existe onde ele existe e não onde querem que ele exista”
Já a ADEB – Associação Desenvolvimento Empresarial da Benedita colocou uma faixa num local de passagem do presidente da República para “lamentar que apesar dos reconhecimentos sucessivos das empresas da região, continuamos à espera de uma Zona Industrial, que permita um crescimento organizado das nossas empresas”.
“Infelizmente devido às sucessivas promessas (após a compra do terreno há mais de nove anos), as nossas empresas têm baseado o seu crescimento numa incerteza que lhe limita as decisões para um futuro competitivo”, manifestou Bruno Letra, presidente da ADEB, que pretendeu “chamar a atenção para um problema que já prejudicou indiretamente muitos postos de trabalho e captação de investimento”.
“Ficaríamos muito satisfeitos se o sr. presidente da República, através da sua influência, nos auxiliasse a ultrapassar as barreiras burocráticas, para que antes do final do seu mandato, a Área de Localização Empresarial da Benedita fosse uma realidade”, descreveu Bruno Letra.
Cavaco Silva ouviu alguns dos problemas com que se debatem os empresários do setor mas não prestou declarações aos jornalistas, nem mesmo no Centro Equestre Internacional de Alfeizerão (CEIA), onde almoçou, após uma visita e demonstração de equitação.
O CEIA é um dos maiores empreendimentos da região. Com dois anos de existência, representa um investimento de cerca de 16 milhões de euros. Tem o maior picadeiro coberto da Europa e ali se realizam provas nacionais e internacionais.
Para além da prática desportiva e de competição, o CEIA promove equitação terapêutica, à disposição de várias câmaras e escolas de educação especial.
Segundo explicou aos jornalistas o diretor técnico do CEIA, Pedro Carvalho, o centro pode receber eventos desportivos ligados à equitação em qualquer altura do ano, já que tem picadeiros ‘indoor’ e ‘outdoor’ que permitem a prática de todos os níveis da parte de equitação, disciplina de obstáculos, ensino, horseball e equitação de trabalho.
O centro equestre ofereceu ao presidente da República uma peça em cerâmica, da autoria do ceramista Carlos Enxuto.
Francisco Gomes
0 Comentários