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Engenharia social

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Zenão perguntou ontem a Camila: -“Quem és tu?” -“Sou a tua mulher”- respondeu ela. -“Só?” -“E a mãe dos nossos filhos, e filha dos meus pais.” -“Só?” -“E irmã dos meus irmãos, e sobrinha dos meus tios, e neta dos meus avós, e amiga de muitas pessoas, e professora.” -“Só?” -“E filha de Deus! E agora vamos jantar que já estou farta desta conversa!” Zenão concluiu que o Homem é um ser de relações. São as suas relações que o identificam como ser humano, pois elas manifestam a qualidade dos atos que pratica. É precisamente no campo das relações humanas que se nota uma grande atividade ideológica no sentido de modificar o relacionamento humano. É aqui que entra a “Engenharia Social”, esta ciência que busca estudar que fatores podem levar a humanidade a seguir os padrões de comportamento que desejam, seja por razões comerciais (servir comida salgada para levar ao consumo de bebidas), ideológicas, religiosas (simular milagres), ou políticas. Um estudo levado a cabo no Brasil demonstrou que onde o sinal da TV Globo chegava com as suas telenovelas, tinha subido o número de divórcios e diminuído a natalidade; no interior, onde o sinal era fraco ou inexistente, estes níveis tinham permanecido inalterados. O próprio conteúdo das telenovelas influenciava a população, maioritariamente feminina, já que as mulheres permaneciam mais tempo em casa com a televisão ligada. Logo, a televisão foi considerada uma das ferramentas mais úteis para a engenharia social.

A Ideologia do Género faz muito uso da Engenharia social que manipula com habilidade e constância para conseguir alcançar os seus objetivos: minar as naturais relações entre os homens e, muito especialmente, destruir a família natural que os seus defensores denominam como “tradicional”.

Esta troca da palavra “natural” pela “tradicional” não é inocente. Diz-se “natural” o que é aceite como verdadeiro, habitual, comum a todas as pessoas. É natural beber quando se tem sede, dormir quando se está cansado…: tudo isto é comum a novos e velhos, a doentes e saudáveis, a cultos e ignorantes…, por ser natural. O tradicional não passa de um costume que une uma família, tribo, nação, ao mesmo tempo que a individualiza das outras famílias, tribos, nações.

O uso das palavras é muito importante e eficaz na Engenharia social. Um exemplo atual está no uso frequente da palavra “género”, sobretudo desde a Conferência Internacional sobre população e desenvolvimento (Cairo, 1994). No seu documento final, esta palavra “género” surge duzentas e onze (211) vezes. Outro “truque” consiste no seu uso com diversos sentidos e intenções. É muito frequente usar-se com o sentido de sexo: o género masculino (cavalo, morcego, homem…), ou feminino (sardinha, ave, mulher…). Mas também pode referir-se a uma infinidade de coisas. Basta determo-nos na pergunta “Que género de pessoa/coisa é?” e nas possíveis respostas: “Séria/ corrupta, bonita/feia, delicada/grosseira, …falsificado/autêntico, mineral, vegetal, animal, …”. Como o objetivo é confundir o natural com o convencional, tirando importância à verdade clara e evidente de existir uma relação particular entre o homem e a mulher, chama-se a atenção para o facto de haver palavras que mudam de “género” em outras línguas ou têm um “género” neutro (she, he, it, em inglês); em alemão, “criança” é do “género” neutro (das kinder), e “gato” é feminino em inglês. Assim, o sexo deveria ceder lugar ao género, pois não passaria de mera convenção. A semântica torna-se, pois, em aliada da ideologia do género.

Mas o que está dito no parágrafo anterior não faz mais que realçar a existência de um tipo de relação que é única. Refiro-me ao casamento entre um homem e uma mulher. Esta relação está baseada no sexo, permitindo assim a união natural que mais nenhuma relação humana (profissional, de amizade, etc.) contempla e que conduz à possível geração de filhos. Este tipo de união existe nos animais, mas no homem ela é muito completa e gratificante ao abranger nessa intimidade a união de objetivos, de sonhos, de vontades, de trabalhos…, aquilo a que chamamos amor.

Isabel Vasco Costa

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