A Ideologia do Género faz muito uso da Engenharia social que manipula com habilidade e constância para conseguir alcançar os seus objetivos: minar as naturais relações entre os homens e, muito especialmente, destruir a família natural que os seus defensores denominam como “tradicional”.
Esta troca da palavra “natural” pela “tradicional” não é inocente. Diz-se “natural” o que é aceite como verdadeiro, habitual, comum a todas as pessoas. É natural beber quando se tem sede, dormir quando se está cansado…: tudo isto é comum a novos e velhos, a doentes e saudáveis, a cultos e ignorantes…, por ser natural. O tradicional não passa de um costume que une uma família, tribo, nação, ao mesmo tempo que a individualiza das outras famílias, tribos, nações.
O uso das palavras é muito importante e eficaz na Engenharia social. Um exemplo atual está no uso frequente da palavra “género”, sobretudo desde a Conferência Internacional sobre população e desenvolvimento (Cairo, 1994). No seu documento final, esta palavra “género” surge duzentas e onze (211) vezes. Outro “truque” consiste no seu uso com diversos sentidos e intenções. É muito frequente usar-se com o sentido de sexo: o género masculino (cavalo, morcego, homem…), ou feminino (sardinha, ave, mulher…). Mas também pode referir-se a uma infinidade de coisas. Basta determo-nos na pergunta “Que género de pessoa/coisa é?” e nas possíveis respostas: “Séria/ corrupta, bonita/feia, delicada/grosseira, …falsificado/autêntico, mineral, vegetal, animal, …”. Como o objetivo é confundir o natural com o convencional, tirando importância à verdade clara e evidente de existir uma relação particular entre o homem e a mulher, chama-se a atenção para o facto de haver palavras que mudam de “género” em outras línguas ou têm um “género” neutro (she, he, it, em inglês); em alemão, “criança” é do “género” neutro (das kinder), e “gato” é feminino em inglês. Assim, o sexo deveria ceder lugar ao género, pois não passaria de mera convenção. A semântica torna-se, pois, em aliada da ideologia do género.
Mas o que está dito no parágrafo anterior não faz mais que realçar a existência de um tipo de relação que é única. Refiro-me ao casamento entre um homem e uma mulher. Esta relação está baseada no sexo, permitindo assim a união natural que mais nenhuma relação humana (profissional, de amizade, etc.) contempla e que conduz à possível geração de filhos. Este tipo de união existe nos animais, mas no homem ela é muito completa e gratificante ao abranger nessa intimidade a união de objetivos, de sonhos, de vontades, de trabalhos…, aquilo a que chamamos amor.
Isabel Vasco Costa
0 Comentários