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Nova Escola Josefa D’Óbidos pronta para o início das aulas

arlene Sousa

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Os alunos da Escola Josefa D'Óbidos vão ajudar a criar a sinalética e mobiliário interior e exterior para a sua escola nova, cujas obras de requalificação estarão totalmente concluídas no início de setembro. Para isso o Município de Óbidos vai criar no estabelecimento de ensino uma oficina de ecodesign com o objetivo de reutilizar o material antigo da Josefa D'Óbidos que estava em boas condições. “Estamos a construir uma equipa com designers, carpinteiros e costureiras, e a recolher o material antigo da escola, para começar nas férias ativas com o ecodesign”, disse, no passado dia 2, o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, durante uma visita à Escola Josefa D'Óbidos cujas obras estão quase concluídas, faltando o mobiliário e alguns acabamentos.
Visita ao laboratório destinado ao ensino experimental das ciências

A visita às obras da nova escola teve a participação dos alunos do 9.º ano, que foram desafiados pelo autarca a contribuírem com ideias para o mobiliário interior e exterior da Escola assentes em “três vertentes: memória, sustentabilidade e requinte”. “Se estamos a apelar à sustentabilidade, porquê comprar tudo de novo quando ainda temos coisas em bom estado”, sublinhou Humberto Marques.

A sinalética das diferentes salas da escola com nomes de autores, uma sala de teatro, poufs de material reciclado para o exterior, entre outras, foram algumas das propostas deixadas pelos alunos.

Com o investimento de 6.839.248,72 Euros (5.471.398,98 comparticipação comunitária) o projeto é constituído por um grande volume que inclui os quatro blocos já existentes de 20X20 metros cada, com um pátio central de 31X31 metros.

O rés do chão, o percurso e o pátio constituem o ponto de convergência de percursos e de atividades escolares (learning street) caracterizados pela existência de áreas destinadas a atividades sociais e de lazer. Integrados no learning street preveem-se o núcleo de docentes, funcionários, de receção, gestão/administração e atendimento geral. Apresenta-se um espaço destinado à direção da escola, sala polivalente/anfiteatro, a loja do aluno, o espaço da alimentação (refeitório, bar, cozinha), o espaço para o laboratório gastronómico/cozinha experimental, o núcleo de apoio à multideficiência, o núcleo destinado à formação de adultos e o espaço de conhecimento e galeria, para exposição de trabalhos.

No piso superior localiza-se o núcleo de aprendizagem formal, constituído por salas de aula que terão quadros interativos e os tradicionais. Localiza-se ainda neste piso os laboratórios destinados ao ensino das ciências e à das tecnologias e artes.

O exterior é caracterizado por uma grande área verde, que inclui os espaços polivalentes/desportivos.

Município quer avançar com escola municipal

O autarca revelou que a Câmara de Óbidos vai avançar com a formação de professores e algumas ofertas formativas com que integrarão a futura escola municipal, apesar de não terem assinado com o Ministério da Educação o contrato de execução.

Novas línguas como o espanhol e alemão, atividades como yoga, dança, filosofia para crianças, fábrica da criatividade e programação e ainda atividades desportivas como stand up paddle, golfe e canoagem são algumas das novidades que no próximo ano letivo “arrancarão nas escolas de Óbidos tendo em vista muito daquele que será o alinhamento da escola municipal”, anunciou o presidente da autarquia.

As ofertas arrancam, porém, sem que as negociações para a abertura da escola municipal no concelho estejam fechadas, já que a autarquia teve que se debater com “algumas resistências”, recusando aceitar algumas das condições propostas pela Direção Geral dos Estabelecimentos de Ensino (DGEE). “Nesta altura estamos ainda a ultimar o modelo organizacional da escola municipal, que não está ainda fechado. Quem se opôs foi a Câmara de Óbidos, que não estava disponível a discutir o modelo de financiamento sem discutir a arquitetura do processo”, explicou Humberto Marques, adiantando que “só depois de saber quais são as verdadeiras competências transferidas para a escola municipal” haverá condições para contratualizar verbas com o Ministério da Educação e Ciência (MEC).

A autarquia discorda da DGEE em relação à oferta vocacional do atual sistema de ensino. “Porque razão o vocacional não tem as disciplinas normais do currículo nacional sem quaisquer estigmatismos, em que os alunos possam concorrer sem qualquer limitação, cumprindo o currículo nacional e permitindo ter contacto com competências diversas”, apontou, acrescentando que “com estas condições um bom aluno nas disciplinas nucleares é desviado do ensino vocacional e não contacta com estas competências”.

As divergências passam ainda pelas metodologias de ensino. “Porque é que o ensino público tem que ter apenas, a nível de apoio, a figura do professor coadjuvante, porque não pode haver uma outra metodologia de ensino direcionada aos alunos”, questionou Humberto Marques.

A câmara, que se compromete a, na escola pública, lecionar “100 por cento” do currículo nacional, acrescido das ofertas formativas complementares que forem definidas para o projeto, exige “avaliações externas sistemáticas” para comprovar que os alunos “estarão capacitados para executarem os exames nacionais e aptos a integrarem qualquer outro tipo de ensino, caso abandonem o projeto”.

“A escola municipal está a começar o seu caminho, está a preparar-se com estas ideias todas como por exemplo com o projeto “A minha ideia, a minha solução” – programação desde o 1º ciclo, o laboratório de ecodesign, um conjunto de iniciativas que fazem parte desse caminho”, explicou o presidente.

Humberto Marques revelou que a “escola municipal está a começar o seu caminho” e para isso a câmara decidiu avançar já este ano “com a formação de professores do quadro da Escola Josefa d’Óbidos e do quadro de zona e com o início de algumas ofertas formativas totalmente financiadas pelo município que estima gastar várias centenas de milhares de euros”.

O autarca espera que até à primeira semana de julho tenha definidas as condições de autonomia da escola e até ao final desse mês poder iniciar a discussão do modelo de financiamento para depois “discutir com a comunidade local o projeto educativo”.

Curso de programação com emprego garantido

A Câmara de Óbidos vai abrir em setembro um curso de programação com uma duração de três meses para jovens com mais de 18 anos.

O curso custa três mil euros, mas os participantes ficam apenas obrigados a pagar a propina no valor de 900 Euros, sendo o restante pago quando estiverem empregados. Segundo o presidente da Câmara, os alunos com melhores resultados terão emprego garantido com vencimentos na ordem dos 120 euros por dia em grandes empresas. “Os jovens que se inscreverem vão ser testados do ponto de vista do comportamento, da resistência, muito com treinos de fuzileiros, para testar os limites e os níveis de concentração, vão ter depois outra dimensão que é a análise e a capacidade para programar. Depois de saírem, há garantias de emprego” revelou, Humberto Marques. O programa chama-se “Ativar pessoas” e tem por objetivo dar resposta a jovens que se deparam com a falta de emprego e que tenham competência para esta área. “É um curso com uma habilitação para uma competência na área, e a rede que está por detrás do programa é que nos oferece garantias de sucesso de emprego”, explicou o autarca.

Marlene Sousa

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