Segundo o SEP, neste quadro que é assumido como mínimo, “estão a ser contabilizados 27 enfermeiros com ausências prolongadas (ausentes nesta data)”. “Para além deste indicador que demonstra a carência de enfermeiros, o sistema de classificação de doentes aponta para uma carência de 75 enfermeiros, apenas em 6 serviços, no Hospital Torres Vedras e de pelo menos 40 nos Hospitais de Caldas da Rainha e Peniche”, adianta o documento.
Neste contexto, o SEP reafirma que “o número de enfermeiros existentes no CHO não é suficiente para garantir dotações seguras e qualidade que se impõe, na prestação de cuidados de enfermagem”.
“À custa da imposição das 40 horas semanais aos enfermeiros, foi possível ao presidente do CA pagar perto de 3 mil dias aos enfermeiros, ainda assim, estão por pagar cerca de 1.640 dias, valor com tendência a aumentar”, aponta o comunicado.
Das medidas apresentadas pelo CA ao Ministério da Saúde, para resolver a situação caótica do Serviço de Urgência (SU) do Hospital das Caldas, o SEP consta que “nenhuma está efetivamente implementada”.
O comunicado diz ainda que ao contrário do que tinha sido publicitado, a abertura de 10 camas em Peniche, para finais de maio, só será possível em agosto/setembro, segundo o CA. Considera o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses que “mantém-se a demora média de internamento no SU em 4,6 dias. Continua a saga do internamento de doentes em macas nos serviços, sem reforços das equipas de enfermagem porque o Presidente do CA entende não ser necessário, numa clara exploração dos enfermeiros”.
“É inadmissível, que com os instrumentos que hoje existem para calcular as necessidades de enfermeiros em função das necessidades dos doentes em cuidados de saúde, o Presidente do CA continue a falar simplesmente em rácio de enfermeiro/número de camas”, conclui o documento.
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