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“Participava muito nas aulas e habitualmente era escolhido como delegado de turma, sendo popular”

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Entrevista a Tinta Ferreira, no programa “Mais Conversas” da Mais Oeste Rádio. Neste programa fez-se uma abordagem diferente ao convidado, sobre a vida pessoal do presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha.

MC – Como foi a sua infância e juventude nas Caldas da Rainha?

TF – Fiz a primeira classe na escola primária no edifício por cima da drogaria na antiga Praça do Peixe. Era uma escola para rapazes e a das raparigas era por trás do Pinheiro Chagas. Era uma escola com poucas condições que fechou nesse ano e então passámos todos para o Bairro da Ponte. Lembro-me que foram lá feitos alguns melhoramentos, nomeadamente a cantina. Depois comigo, como Vereador da Educação é que se voltaram a fazer obras ali. Foi realmente uma grande nostalgia, passados tantos anos voltar a relembrar aqueles tempos. Depois fui para o ciclo, e para o Liceu nos Pavilhões do Parque, onde fiz quase toda a minha formação secundária. Apenas fiz o 12º ano na Raúl Proença, no ano da sua abertura. Mas foi um privilégio poder ter usufruído da localização daquele que era o liceu e daquele enquadramento que deixa marcas boas a qualquer um. Um local fantástico para estudar e para namorar…

MC – Era muito namoradeiro?

TF – Não! Era um bocado tímido. Ainda assim era opinativo, participava muito nas aulas e habitualmente escolhido como Delegado de Turma, sendo algo popular sem ser apalhaçado. Fui ainda representante dos alunos do meu ano para o Concelho Pedagógico e para o Concelho Diretivo, com o Carlos José Costa Faro e com o Vítor Marques que agora, alguns anos mais tarde venho a reencontrar na Junta de Freguesia.

Não escondo que em termos políticos me defini muito cedo, muito por influência do meu pai que desde muito cedo era militante do PSD. Ainda hoje me sinto muito definido no que à política diz respeito.

MC – Terminado o secundário, como foi a sua entrada na universidade?

TF – Bem, não foi grande coisa, devo dizer… Nessa altura distraí-me aqui um pouco com a juventude e não tive umas notas muito interessantes no final do secundário e por isso não consegui entrar onde queria que era a Universidade de Direito. No entanto com o sacrifício dos meus pais inscrevi-me na Universidade Autónoma de Lisboa onde fui um aluno razoável. A meio decidi que não deveria massacrar mais os meus pais e comecei a trabalhar. Como fui à inspeção para o Serviço Militar e não fui chamado, fiquei em boa situação para poder procurar um emprego. Consegui entrar como escriturário de terceira no Forpescas – Centro de Formação para o Setor das Pescas e a partir daí as coisas mudaram porque passei a ser muito mais responsável. Deixei de ser o estudante que não tinha que se preocupar muito e passei a assumir as coisas com mais responsabilidade. O trabalho faz bem! Na altura não tinha carro, apanhava o transporte de manhã para Peniche. Ía no Expresso das cinco da tarde para Lisboa, frequentava as aulas e regressava no comboio da noite. Curiosamente o curso começou a correr-me melhor porque as pessoas quando lhe “sai do pelo” empenham-se mais. Assim conclui o meu curso e beneficiei muito disso porque na altura as instituições olhavam para nós de forma diferente se tivéssemos uma licenciatura. Fruto do meu empenho e perseverança fui subindo e passei a coordenar o núcleo do Forpescas Nucleo da Nazaré.

MC – E onde está essa colocação neste momento?

TF –A lei garante que quem presta serviço público na política em cargos de dedicação exclusiva, o seu posto de trabalho fica sempre em suspenso a aguardar o seu regresso, o que é reconfortante de saber que se amanhã não votarem em mim tenho trabalho. Afinal a vida política é forçosamente uma passagem. Embora já tenha mais anos de política do que noutra área, um dia posso voltar.

MC – Tem saudades desse tempo?

TF – Tenho. Era um grupo de trabalho muito agradável e era mais bem pago à hora (risos…). Mas confesso que gosto mais daquilo que faço agora.

MC – E em termos desportivos como era o Tinta Ferreira em jovem?

TF – Fui federado em futebol no Caldas Sport Clube, em que não era mau apesar de ter um pé esquerdo completamente cego, mas era um falso lento. Digamos que era um bom suplente. Depois houve uma confusão nas inscrições, fiquei de fora um ano e fui convidado para ir para o basquetebol onde fui campeão distrital pelo Sporting Clube das Caldas. Sem ser federado fiz ainda rugby durante dois anos. Eramos um grupo de trinta amigos que se juntava religiosamente aos sábados de manhã onde agora é a ESAD e jogávamos com a supervisão do Prof. Antero mil-Homens e depois do Eng. Sales Henriques. Este grupo mais tarde fundou a secção de Rugby do Caldas, que deu origem ao atual Caldas Rugby Clube que esta época subiu à primeira divisão e a quem deixo os parabéns públicos. Estou certo que teve muita influência na minha formação e acho que não seria a mesma pessoa se não o tivesse feito.

O desporto é muito importante para a vida em sociedade e para a saúde. Para os jovens perceberem o que é o espírito de equipa, ensinar regras e normas, que há uma hierarquia, que há um treinador que tem que ser respeitado. E há também um esforço físico que é necessário para se atingir um resultado. Que não se consegue nada sem esse esforço. Tudo isto é muito importante.

MC – Como vê eos grupos de caminhadas e corrida que estão a decorrer nas Caldas da Rainha?

TF – É fantástico porque é uma forma se de ligarem mais com a natureza e ao mesmo tempo melhorar a sua condição física, o que significa mais saúde, mais longevidade. E porque se faz muito em grupo é mais uma razão para a haver socialização que é muito importante.

MC – Uma das suas escolhas musicais para este programa foram os velhinhos Iodo com o tema Malta à Porta. Como viveu os anos do Rock Português dos anos 80?

TF – Com muita intensidade. Podia ter escolhido outros temas muito mais conhecidos mas há uma razão especial para ter feito esta escolha. É que eu fiz parte da comissão de finalistas das Caldas que fez o último concerto de rock português que deu lucro. Nós metemos na cabeça que eramos capazes de organizar um grande concerto e contratámos os Táxi que levavam 120 contos e os Iodo que levavam 60 contos. Apesar da Columbófila estar completamente cheia havia familiares nossos já com algum dinheirito no bolso para o caso de ser preciso ajudar. Mas felizmente, depois de contadas todas as moedinhas não foi preciso essa ajuda.

MC – Como é um dia de trabalho do Presidente da Câmara?

TF – A hora de entrada é mais ou menos a mesma do comum dos cidadãos pois, até chegar à Câmara, que é por volta das 10h já passei por alguns locais, como por exemplo as obras ou outras coisas que seja necessário. Depois de um dia normal de escritório com muito atendimento e muito telefone, a saída é lá por volta das 20h, quando não tenho alguma solicitação para depois dessa hora. Há dias, como no passado sábado, em que o Presidente da Câmara foi convidado para quatro jantares oficiais. Claro que não há possibilidade de chegar a todo o lado e então delego nos Vereadores a respetiva representação. É, sem dúvida um trabalho intenso mas não me queixo.

MC – E ainda há tempo para a família?

TF – Há algum. Muito menos que a maioria dos nossos concidadãos mas procura-se que tenha alguma qualidade.

MC – E a sua mulher convive bem com o seu cargo?

TF – Eu diria que foi mais difícil a passagem para a posição de vereador do que agora para presidente. Claro que esta decisão de candidatura à presidência colocou-se na devida altura, foi conversada em família e cá estou.

Jaime Feijão e João Mota

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