Em comunicado divulgado pela agência Lusa, o sindicato, que tem vindo a realizar reuniões de negociação com a administração, sustenta não haver “motivo para este despedimento coletivo” e refere que nos documentos enviados aos trabalhadores “não existe a indicação de critérios objetivos” para a escolha daqueles funcionários.
Para a comissão sindical que tem representado os trabalhadores, a situação configura “uma violação dos requisitos de objetividade, transparência e não discriminação, que deve ser observado no decurso do processo de despedimento coletivo”.
Segundo o dirigente sindical António Baião, a dispensa dos trabalhadores “não pode ser justificada pelo peso dos custos com pessoal, como argumenta a administração”, tanto mais que “estão a ser contratadas através de empresas outras pessoas para fazerem as funções daqueles que vão ser despedidos”.
Empresa e sindicato vão voltar a reunir-se no dia 23 de maio, mas, de acordo com o dirigente, se nessa data a administração não recuar, irão avançar com ações de denúncia pública junto ao Hotel Marriott, onde a seleção portuguesa de futebol deverá efetuar mais um estágio ainda este mês.
Contactado pela Lusa, o Grupo Béltico confirmou “o processo de intenção e negociação com menos de 2% dos recursos humanos” no âmbito da reestruturação interna da empresa.
Em comunicado, a direção esclareceu que o processo resulta “de uma necessidade inevitável de reestruturação da empresa e dos seus recursos” e afirmou-se disponível “para dialogar e desenvolver negociações junto dos trabalhadores em questão”.
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