Q

Previsão do tempo

11° C
  • Monday 14° C
  • Tuesday 16° C
  • Wednesday 17° C
11° C
  • Monday 14° C
  • Tuesday 17° C
  • Wednesday 17° C
11° C
  • Monday 14° C
  • Tuesday 18° C
  • Wednesday 18° C
Sardinhada em campanha para as europeias

BE quer combater “pântano” da Lagoa de Óbidos e da austeridade

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
Marisa Matias, cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) às eleições europeias, participou no passado domingo numa sardinhada à beira da Lagoa de Óbidos, no parque de merendas junto à Escola de Vela, no Nadadouro. Oportunidade para comentar o estado do país, um dia depois da saída da troika. A uma semana das eleições europeias, a cabeça de lista do BE, no contato que tem tido com a população, diz ter encontrado pouca crença na mudança da situação do país. “Há uma desesperança em relação ao sistema político mas sobretudo numa conceção de que não há alternativa e a realidade é que existe”, manifestou ao JORNAL DAS CALDAS. O BE assume-se como “a alternativa” para um país que acaba de ver a retirada da troika, mas “sem saída limpa”. “Cada vez que se fala em saída limpa lembro-me das histórias das pessoas com que me fui cruzando nesta campanha, de um senhor que aos 80 anos tem de continuar a trabalhar, porque apesar de o fazer desde os 11 anos, a reforma dele e da mulher não chegam para pagar o lar; da jovem que não consegue sequer parte da estatística de desempregada porque ao longo de um ano e meio fez 49 formações; e de pessoas que não têm dinheiro para comprar medicamentos. Há situações dramáticas e este é o retrato do país”, sublinhou. Por isso, a “saída limpa” não é mais do que “propaganda do Governo”, já que “o tratado orçamental obriga a cumprir os critérios do défice da dívida e que os níveis de austeridade dos últimos três anos se prolonguem mais 20 ou 30”.
Marisa Matias, cabeça de lista do BE às europeias

Para a cabeça de lista do BE às eleições europeias, que considera haver razões para “desobedecer à Europa da troika” e acabar com o que diz ser “a política da austeridade permanente”, a tão falada “saída limpa” só acontece “para alguns, como José Luís Arnaut, ex-vice presidente do PSD, para a Goldman Sachs, Vítor Gaspar para o FMI ou Catroga para a EDP”.

O cenário escolhido pelo BE para uma sardinhada de campanha foi a Lagoa de Óbidos, onde há muitos anos as populações das Caldas da Rainha e Óbidos lutam pela despoluição e desassoreamento, problema que foi há dias discutido na Assembleia da República por iniciativa de um militante do BE e que mereceu a aprovação de três recomendações ao Governo.

Esse foi o único motivo encontrado por Marisa Matias festejar na sardinhada, antes de ter ido tomar café na Foz do Arelho e distribuir panfletos de campanha.

João Penedos, primeiro subscritor da petição pela salvaguarda da Lagoa de Óbidos que foi discutida na Assembleia da República no passado dia 14, declarou que “a ministra Assunção Cristas, eleita pelo distrito de Leiria, ainda deve transportar o peso de tantas promessas de resolução do assoreamento e poluição da Lagoa, aliás da qual ela tanto gostava e na qual, segundo consta, em pequenina vinha a banhos”.

Carlos Carujo, que foi o candidato do BE à Câmara das Caldas nas últimas autárquicas, afirmou que “juntamos aqui duas causas – os problemas da Lagoa e as questões europeias. O mote pode ser a tentativa de combater o pântano em que a Lagoa se pode tornar e saber que caminhos para sair do pântano em que o país está atolado”.

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, também participou no evento e criticou a campanha “alucinada” do PSD e CDS, que “pouco tem falado na vida concreta das pessoas”, quando “a dívida pública é hoje mais 40% do que há três anos”.

Francisco Gomes

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

Bombeiros caldenses responderam a 112 ocorrências

A depressão Martinho causou danos significativos no concelho das Caldas da Rainha entre as nove horas da manhã de dia 19 e as oito da noite de dia 22, com os bombeiros a responderem a 112 ocorrências, que envolveram 455 operacionais e 130 veículos, ao longo de 113 horas de “muito trabalho em circunstâncias bem difíceis, para ajudar os caldenses e garantir a sua segurança”, transmitiu o comandante da corporação caldense, Nelson Cruz.

vidais2novo

Encerramento de espaços na Serra de Montejunto

Na sequência dos danos provocados pela depressão Martinho, a Real Fábrica do Gelo, o Parque das Merendas, o Centro de Interpretação Ambiental, o bar e o Parque de Campismo na Serra de Montejunto, no Cadaval, encontram-se encerrados por não reunirem as condições de segurança necessárias.

montejunto