Para a cabeça de lista do BE às eleições europeias, que considera haver razões para “desobedecer à Europa da troika” e acabar com o que diz ser “a política da austeridade permanente”, a tão falada “saída limpa” só acontece “para alguns, como José Luís Arnaut, ex-vice presidente do PSD, para a Goldman Sachs, Vítor Gaspar para o FMI ou Catroga para a EDP”.
O cenário escolhido pelo BE para uma sardinhada de campanha foi a Lagoa de Óbidos, onde há muitos anos as populações das Caldas da Rainha e Óbidos lutam pela despoluição e desassoreamento, problema que foi há dias discutido na Assembleia da República por iniciativa de um militante do BE e que mereceu a aprovação de três recomendações ao Governo.
Esse foi o único motivo encontrado por Marisa Matias festejar na sardinhada, antes de ter ido tomar café na Foz do Arelho e distribuir panfletos de campanha.
João Penedos, primeiro subscritor da petição pela salvaguarda da Lagoa de Óbidos que foi discutida na Assembleia da República no passado dia 14, declarou que “a ministra Assunção Cristas, eleita pelo distrito de Leiria, ainda deve transportar o peso de tantas promessas de resolução do assoreamento e poluição da Lagoa, aliás da qual ela tanto gostava e na qual, segundo consta, em pequenina vinha a banhos”.
Carlos Carujo, que foi o candidato do BE à Câmara das Caldas nas últimas autárquicas, afirmou que “juntamos aqui duas causas – os problemas da Lagoa e as questões europeias. O mote pode ser a tentativa de combater o pântano em que a Lagoa se pode tornar e saber que caminhos para sair do pântano em que o país está atolado”.
A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, também participou no evento e criticou a campanha “alucinada” do PSD e CDS, que “pouco tem falado na vida concreta das pessoas”, quando “a dívida pública é hoje mais 40% do que há três anos”.
Francisco Gomes
0 Comentários