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Rita Guerra encantou nas Festas da Cidade

Jaime Feijão

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Na passada quarta-feira, véspera do ferido municipal, cumpriu-se a tradição com a organização por parte da Câmara de um concerto de rua. Este ano houve a novidade da mudança de local pois, devido às obras do parque de estacionamento da Praça 25 de Abril, o palco teve que ser instalado junto à estação, no local onde agora existe uma nova rotunda. Este novo local foi bastante elogiado pelos muitos presentes, que gostaram das obras que a Avenida 1º de maio sofreu e era voz comum que o espetáculo neste local até fica melhor. No que à música concerne, iniciou-se com os caldenses Fueiro, que fizeram a primeira parte da consagrada Rita Guerra. Claramente muito esperada, com muitos fãs nas primeiras filas, a cantora não deixou os seus créditos por mãos alheias e animou as milhares de pessoas que ali se deslocaram. O ambiente tinha um misto de animação e desolação, muito por força da derrota do Benfica na Final da Liga Europa, que não ajudou muito a uma festa que poderia ter sido ímpar nesta noite. No final, Tinta Ferreira, presidente da Câmara, agradeceu a Rita Guerra e deixou-lhe uma oferta simbólica para mais tarde recordar e seguiu-se o fogo de artifício, que é sempre a forma de fechar esta noite.
Músicas mais intimistas foram transformadas para atuação ao ar livre

“As Caldas é uma cidade de que gosto muito e que me está bem mais próxima do que muitos pensam”

Antes desta atuação, Rita Guerra recebeu o JORNAL DAS CALDAS no seu camarim improvisado nas instalações do Banco Alimentar Contra a Fome, junto à estação ferroviária, concedendo uma entrevista que a seguir transcrevemos.

JORNAL DAS CALDAS (JdC) – Este é um espetáculo de rua, onde se esperam muitas pessoas. O que prefere, este registo ou um mais intimista, em sala?

Rita Guerra (RG) – Eu gosto das duas vertentes, porque mesmo que mantendo o mesmo repertório, o acompanhamento é diferente, o ambiente é obrigatoriamente diferente e portanto nós adaptamos. Eu diria que ambas as situações são extremamente gratificantes e empolgantes. São duas realidades que fazem parte do meu percurso. Eu até poderia optar por ser uma cantora de espaços mais intimistas, mas gosto muito deste registo ao ar livre, com a banda completa, num espaço onde as pessoas se podem manifestar livremente, ao contrário das salas onde tudo é mais contido. Em sala as pessoas participam sempre, mas de forma diferente e com menos expressividade.

JdC – O seu repertório também tem músicas que se adaptam bem a este registo?

RG – Sim, e mesmo as mais intimistas levam um arranjo para este tipo de atuações que as torna diferentes e mais propícias a este ambiente, pelo que as pessoas são sempre convidadas a tomar parte porque as canções tomam um peso diferente.

JdC – Está agora como jurada no programa da TVI, Rising Star. No seu início nunca teve que passar por este tipo de escrutínios…

RG – Não, pois nem havia… Havia alguns programas que divulgavam gente nova, sobretudo do Júlio Isidro, mas em moldes diferentes.

JdC – Acha estes formatos justos?

RG – Eu não participei nos castings iniciais e por isso não sei quem ficou pelo caminho sem chegar a esta fase. E estamos agora a ouvir toda a gente pela primeira vez. Por isso, o que posso dizer é que gosto que haja este tipo de programas que deem oportunidades a quem nunca as teve.

JdC – E acha que isto dá-lhes realmente oportunidade ou o caminho da música precisa de muito mais, pela sua dificuldade?

RG – As coisas estão realmente difíceis mas não é impossível e o facto de passarem por ali e de serem vistos por muita gente é uma oportunidade de virem a ter uma “montra” e ganhar mercado de alguma maneira.

JdC – No seu início participou no Festival da Canção da RTP. Como o vê agora?

RG – Tenho pena que esteja no patamar em que está! Já teve anos muito áureos e poderia continuar a apostar em bons valores mas olhe, nem sei…eu vi o festival deste ano com alguma tristeza porque já tivemos tão bons cantores, tão boas canções e tão boas letras há alguns anos, e este ano senti que o festival está muito pobre.

JdC – Já fez alguns duetos com cantores de currículo internacional. Perfila-se por aí mais alguma coisa? Isso são coisas do acaso ou há programação?

RG – Algumas são programadas outras são realmente por acaso, como foi o Ronan Keating, que estava a ver televisão, ouviu-me cantar e disse “quero gravar com ela”. Outras acontecem depois de um estudo, como foi o caso do Michael Bolton, que procurou a cantora que mais se encaixava no género dele e chegou a mim. Agora vêm aí coisas novas, não posso é dizer, mas não há dúvidas que vêm! E na sequência da sua pergunta, há coisas que não acontecem por acaso, pelas quais temos que lutar e eu luto muito por aquilo que quero.

JdC – E em termos de novo trabalho num futuro próximo, o que podemos esperar. Vai haver novidades?

RG – Estou a trabalhar num disco que vai ser muito diferente daquilo que estão habituados. Não vou descolar daquilo que é a minha essência, daquilo que foi o meu caminho até aqui mas vêm aí sonoridades diferentes e parcerias diferentes, sempre com o intuito de progredir.

JdC – Uma mensagem para os caldenses…

RG – Quero deixar um grande beijinho e é um grande gosto estar aqui. Muita gente não sabe mas quando eu tinha 14 anos frequentava muito S. Martinho e vinha muito às Caldas, cidade de que gosto muito e que me está bem mais próxima do que muitos pensam. Até porque muitas vezes venho na minha mota dar um passeio a S. Martinho e paro sempre em Alfeizerão para comer uma fatia de pão de ló. Quero deixar também os parabéns pelo aniversário e dizer que espero voltar.

Cartonista Bruno Prates oferece caricatura a Rita Guerra

O artista caldense Bruno Prates, que se vem destacando pelo seu trabalho como cartoonista, com a marca dESENHOS dO bRUNO, desenhou uma caricatura de Rita Guerra e ofereceu-a à artista, que ficou radiante por se ver desenhada de forma diferente. A cantora não hesitou em dizer que lhe agradava o facto de terem sido destacados os seus grandes olhos e da cor do batom ser muito do seu agrado.

Já Bruno Prates não escondia o seu contentamento com o facto do seu trabalho ter sido tão elogiado e de, rapidamente, ter começado a ser também falado nas redes sociais.

Jaime Feijão

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