O Hospital Termal está num momento de decisões importantes, em que o Município vai discutir se aceita ou não a proposta que a administração central fez de cedência do património e das águas termais em determinadas condições. Contudo, segundo o presidente da Câmara, o projeto “não influenciará” na decisão da autarquia aceitar ou não o património termal. Por outro lado, é anunciado antes da divulgação de uma tomada de posição sobre quem vai gerir as Termas.
Edgar Ximenes, do MVC, comentou que “pode-se interrogar que sentido é que faz elaborar um estudo sem saber se a Câmara vai assumir o património e gestão, mas não acho mal que se faça, e até acho que já devia ter sido feito”.
“O que desejo é que este estudo seja feito na ótica da participação de todos os cidadãos”, manifestou.
Paulo Freitas, do BE, disse ter várias dúvidas: “Quem é que encomenda o estudo? O promotor é o Cencal ou a Câmara? A abertura à sociedade civil é zero, porque não se diz como é que as pessoas podem participar. Fica bem dizer que é público, mas depois é por convite. E porque é que aparece nesta altura, antes da decisão da Câmara sobre a concessão?”.
“Os estudos nunca são maus, mas podem tornar-se maus se forem dirigidos para justificar futuros spas. Vamos ver o que vai sair daqui”, afirmou.
“Uma das críticas que foi feito muitas vezes ao PSD foi de que não se planeava. Agora estamos a fazê-lo. E depois trata-se de apresentar cenários. Não é obrigatório aceitá-los”, declarou António Cipriano, do PSD. “Vejo com muitos bons olhos esta iniciativa, porque é importante saber o que poderá ser a estratégia de futuro para as Caldas da Rainha”, adiantou.
Rui Gonçalves, do CDS-PP, disse que “é uma inevitabilidade a Câmara ficar com a concessão”. Quanto ao estudo prospetivo, considerou que é “do mais avançado que existe a nível internacional”. “É sempre bom fazer e devia ter sido feito em relação a outras matérias, porque nunca houve planeamento nas Caldas. Agora que há vontade de planear, não podemos meter em causa. A questão é se os resultados do estudo vão ser tomados em consideração ou deixados numa gaveta qualquer. Os resultados deviam ser de aplicação obrigatória, porque é um método científico”, sustentou.
José Carlos Faria, da CDU, frisou que “a participação é limitada e não aberta”. “Estou de acordo que deve haver uma noção da realidade termal caldense, mas deve haver um cuidado em não diluir as características que são essenciais e que são únicas: a componente terapêutica da água termal”.
Francisco Gomes
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