Na cerimónia participou o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, o vereador da Câmara de Badajoz, António Fernandez, os diversos artistas plásticos que integraram a delegação da Cultartis das Caldas, associação caldense, e ainda António Marques, diretor executivo da Expoeste, amigo e colaborador de Mário Lino no planeamento dos raides internacionais de cicloturismo.
Numa cerimónia singela mas muito emotiva, os presidentes das edilidades de La Codosera e Caldas da Rainha consideraram de toda a justiça a atribuição deste galardão sob a forma de “Filho Adotivo de La Codosera”, que simboliza o grande empenhamento de Mário Lino na aproximação entre a Estremadura espanhola e a Estremadura portuguesa.
O presidente da Câmara de La Codosera, Manuel Piris, referiu que Mário Lino conseguiu “o milagre de, através da sua ação, cimentar na Estremadura espanhola a certeza de que em Portugal existe um lugar perto do mar onde o desporto anda de mão dadas com a cultura e a ânsia de conhecer outras gentes e outros povos”.
Por sua vez, o presidente do Município caldense salientou que Mário Lino, “entrelaçando os países irmãos Portugal e Espanha através do amor ao ciclismo, que é uma das modalidades mais acarinhadas em Portugal graças ao seu enorme poder de adesão mediática e popular, contribuiu para perpetuar o nome das Caldas da Rainha em diversos lugares além-fronteiras, nomeadamente em La Codosera, semeando memórias que ajudam os povos a ultrapassar as barreiras tantas vezes incompreensíveis, que os ventos da história forjaram”.
Após a cerimónia, foi inaugurada a exposição de latas litografadas “Latas embaladas com História”. São mais de cinco centenas de latas, algumas em “folha de flandres” e outras, embaladas de vivências ligadas à história das oficinas litográficas, que lhes deram forma e associadas aos desenhadores e pintores que as ilustram, e que já esteve patente no Museu do Ciclismo.
Decoradas com aspetos etnográficos, artísticos e demais decorações, os quais souberam cristalizar nas latas de rara beleza parte da identidade do mundo e da época da sua produção.
“Caixas que depois de servirem para embalar café, cacau, chá, bolos, bolachas, chocolates, rebuçados ou caramelos, foram tantas vezes transformadas em cofres para guardar segredos de amores proibidos”, descreveu Mário Lino.
Os artistas da Cultartis trabalharam ao vivo diversos motivos da paisagem daquele concelho espanhol e no final o resultado deste encontro foi exposto no mesmo espaço da mostra de latas litografadas de Mário Lino.
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