A cerca de um mês das eleições europeias, o presidente da Distrital Lisboa-Área Oeste e deputado na Assembleia da República Duarte Pacheco, apresentou em conferência de imprensa, no passado dia 21, na sede do PSD em Torres Vedras, os candidatos desta região. Considerou estas eleições relevantes para Portugal e enalteceu os quatro candidatos, revelando que têm experiência na “vida política, autárquica e profissional”, e que se apresentam como “embaixadores dos portugueses no Parlamento Europeu, dando uma atenção especial à região Oeste, nomeadamente nas áreas da agricultura, da reindustrialização, do emprego e da solidariedade”.
Certo da dificuldade em serem eleitos os quatro candidatos, Duarte Pacheco sublinhou a importância “do Oeste ter uma voz ativa no Parlamento Europeu”. Foram abordadas algumas questões específicas do Oeste, tal como a melhoria da linha do Oeste, como eixo dorsal da própria região para pessoas e mercadorias, e evidenciada sensibilidade para a matéria ambiental, tais como arribas, praias, rios e lagoas, e para os setores da agricultura mais relevantes, fruta, vitivinicultura e horticultura.
O eurodeputado Carlos Coelho, que é candidato do PSD em quinto lugar na lista conjunta com o CDS-PP ao Parlamento Europeu, recordou que no dia 25 de maio aquilo que os portugueses vão fazer é “eleger os 21 portugueses que terão a responsabilidade de batalhar por Portugal e de representar os portugueses em Bruxelas e Estrasburgo”. Alegou que é bem claro que a Europa precisa de Portugal, “do nosso posicionamento euro – atlântico, da nossa relação com os países lusófonos, da valência do português como sétima língua mais falada no mundo”. Mas segundo o eurodeputado, “Portugal também precisa da Europa, da nossa inserção no continente europeu, da virtualidade do mercado interno, da aplicação dos fundos de que Portugal carece, recusando-se a saída do Euro e da Europa, o que teria consequências muito graves ao nível do rendimento dos portugueses”.
“Queremos uma Europa que ajude a diminuir as assimetrias, que apoie as regiões mais desfavorecidas e que aposte decididamente no crescimento económico e na promoção do emprego, nomeadamente emprego jovem”, adiantou, o cabeça de lista dos candidatos do Oeste.
“Estas eleições são importantes, mais do que alguns pensam. Os portugueses têm que ter maior proximidade, maior conhecimento, pelo tema europeu”, afirmou, Fernando Costa. O candidato do PSD, que ocupa o décimo lugar da lista “Aliança Portugal”, liderada pelo eurodeputado social-democrata Paulo Rangel, sublinhou a necessidade do país continuar como membro da União Europeia, até porque fica no centro atlântico, e com a crise que está a viver a Ucrânia, Portugal poderá vir a ser “o porto de entrada do gás que há de vir de outras partes do mundo para colmatar uma eventual crise com a Ucrânia e Rússia”.
Apesar de ser o número dez da lista de candidatos da coligação PSD/CDS-PP, tem esperança de ser eleito. “Nas últimas eleições europeias elegemos dez elementos. Se tivermos o mesmo resultado, eu serei eleito”, sublinhou o autarca de Loures. O candidato garantiu que se for para o Parlamento Europeu irá ajudar a combater a corrupção, que “continua a crescer e a contribuir para a crise financeira”.
Defende a união do Oeste e afirmou ser urgente Portugal reclamar da União Europeia os fundos para que a “nossa agricultura volte a ter mais expressão” e para as questões ambientais, nomeadamente a Lagoa de Óbidos, baía de S. Martinho do Porto e rios da região.
A concorrer em 19º lugar está Luís Barros Mendes (CDS-PP), que acredita no projeto da Coligação Aliança Portugal, destacando para além da agricultura a necessidade da “reindustrlização”. “Com políticas europeias coerentes vai de fato ser possível dinamizar a indústria na nossa região”, sublinhou, acrescentando que “com os fundos comunitários que vão iniciar no segundo semestre deste ano, os deputados portugueses têm que defender a agricultura e indústria para a ajudar a combater o desemprego”.
Como autarca da Lourinhã e voluntária em prol da comunidade, Teresa Faria quer ser uma “voz” dos mais desfavorecidos na Europa. “Há muita gente que passa dificuldades, que passa mal e essas pessoas têm de estar nas prioridades, quer da construção europeia, quer da nossa ação politica”, afirmou.
A candidata apelou ao voto dos portugueses para as eleições europeias, alegando que está na política “pela solidariedade social”.
Os quatro candidatos do Oeste ao Parlamento Europeu pela Coligação Aliança Portugal irão visitar os vários concelhos da região, num programa intenso.
No dia 21 de maio encerram a campanha distrital nas Caldas da Rainha com um jantar na presença de Paulo Rangel.
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