É uma comédia que assenta na visão crítica do mundo do cinema e do seu domínio. Tendo como pano de fundo a rodagem de um filme, numa pequena vila do interior, onde os aldeões são contratados como figurantes, o texto justapõe as assimetrias do poder da indústria cinematográfica com a realidade de uma pequena comunidade rural.
Através do riso, é com mordacidade que vão sendo revelados os efeitos que esta “invasão” da equipa de filmagens provoca no seio da comunidade, culminando no suicídio de um jovem.
Este acontecimento provoca uma avalanche de conflitos que deixam o estúdio dividido entre permitir que os figurantes assistam ao funeral ou continuar as filmagens para cumprir orçamentos.
Marie Jones neste texto constrói um desenfreado jogo de cena profundamente estimulante, onde apenas dois atores se desdobram em múltiplas e inesperadas personagens.
Com interpretação de Pedro Frias e Rodrigo Santos, tem produção de Assédio Teatro.
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