Humberto Marques, presidente da Câmara Municipal de Óbidos, mostrou o seu agrado por se estar a discutir um tema tão relevante para a economia local, sublinhando que Óbidos tem feito um esforço por acompanhar a mudança e as novas exigências do turismo.
Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, reiterou a necessidade de trabalhar o marketing territorial, juntando diferentes entidades, apontando que existem dois mil milhões de euros destinados à região Centro no sentido de potenciar maior investimento e desenvolvimento.
Ana Abrunhosa, vogal da Comissão Diretiva do Mais Centro, com base no anterior Quadro Comunitário, apresentou a previsão do próximo quadro, que só deverá ser aprovado, e apresentado publicamente, em outubro ou novembro de 2014. O novo ciclo de apoios comunitários centra-se na competitividade e inovação da atividade turística, uma vez que, explicou a responsável, “Portugal apresenta boas condições naturais para manter um turismo sustentável, mas ainda tem de melhorar o marketing e a formação do capital humano. Atualmente, as empresas não podem vender apenas dormidas, têm de vender experiências e trabalhar em rede de forma sustentável, não precisando, por exemplo, de ter todos os serviços disponíveis internamente”.
Relativamente aos apoios em estudo, encontra-se o QREN (Quadro Referência Estratégico Nacional), que terá uma taxa de apoio de 45 por cento, com a possibilidade de ter majorações de acordo com a tipologia da empresa. Continuam a existir seis dos sete eixos (cai a mobilidade regional) – competitividade e internacionalização; investigação, desenvolvimento e inovação; potencial humano; empregabilidade; coesão social e territorial e sustentabilidade do território e dos recursos.
Permanecem os Vales Empreendedorismo e Inovação que vão até aos 15 mil euros, os apoios a fundo perdido (não reembolsável podem financiar até 400 mil euros em caso de projeto individual e 180 mil euros vezes o número de PME, em caso de apresentação de projeto conjunto) e o FSE (Fundo Social Europeu) atribuiu 260 milhões de euros no programa FEDER para recuperação de património e espaços públicos.
O representante do Turismo de Portugal, Miguel Mendes, afirmou que o trabalho desenvolvido vai no sentido de “criar condições de acesso a financiamento, disponibilizando apoios às empresas, assentes em parcerias com agentes económicos”. Desenvolveram, para isso, uma linha de crédito, disponível até dezembro de 2015, para apoiar projetos sustentáveis, inovadores, que valorizam e diversificam o produto turístico.
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