A abertura do festival, que contará com a receção da comitiva protocolar com a presença do secretário de Estado da Agricultura, Francisco Silva, terá lugar no dia 16 de maio, no Sana Silver Coast Hotel.
“É o primeiro evento de impacto nacional que nós devolvemos ao Parque D. Carlos I, onde consideramos que está na hora de voltar a haver festas e feiras de grande dimensão”, disse o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, acrescentando que “para além do festival do cavalo vai iniciar-se em 2015 a feira da cerâmica e da fruta (hortifruticultura)”.
“A nossa ideia é o Parque D. Carlos I, pela sua beleza e pela importância que tem para toda esta região, possa ser um palco de iniciativas deste género”, afirmou o autarca, elogiando o trabalho e empenho do presidente da associação de criadores, Jorge Magalhães, que “tem uma capacidade agregadora de envolver as instituições, proporcionando um programa riquíssimo”. “Temos aqui a oportunidade de afirmar as Caldas da Rainha indo ao encontro da tradição das Caldas, que tem muito a ver com o cavalo e touros”, adiantou o autarca.
Com um orçamento de cerca de 160 mil euros (dos quais 80 mil comparticipados pela autarquia), o festival junta num mesmo espaço atividades relacionadas com a criação de cavalo e os desportos equestres, uma feira de equipamentos e produtos para a agricultura biológica e stands de exposição de artesanato (sobretudo na área da cerâmica). Além da realização de provas do Campeonato Regional de Equitação de Trabalho, o programa engloba concursos, desfiles e demonstrações equestres, batismo de sela, demonstração de pegas e, pela primeira vez, três largadas de touros.
Ao longo dos três dias, haverá muita animação, com teatro ao ar livre, yoga para crianças, ranchos folclóricos, grupos corais, bandas de música e bailado.
O festival tem como convidada especial a Coudelaria de Alter Real e no elenco desta festa do cavalo haverá ainda uma representação de Espanha, da Escola de Sargentos do Exército e da Charanga da GNR.
A ESAD.CR apresentará neste evento um conjunto de iniciativas relacionadas com as suas áreas de formação, evidenciando as suas potencialidades. O espaço ESAD.CR irá situar-se junto ao Céu de Vidro.
O festival terá a colaboração da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, que irá participar com uma série de atividades envolvendo os alunos dos quatro cursos profissionais, dando ênfase a alguns técnicos audiovisuais que vão dar apoio, nomeadamente na iluminação e captação de imagem. “Os espetáculos vão ser iluminados com o apoio dos nossos alunos e com equipamento que a escola tem”, disse a professora Maria José Rocha, que esteve presente na apresentação do evento.
A docente revelou que cerca de 80 estudantes dos cursos vocacional técnicas de vendas e Comércio e Comunicação, Marketing e Publicidade vão fazer o acolhimento aos visitantes do festival. Os alunos do curso de técnico de apoio à infância fizeram uma parceria com a associação Olha-te, para a dinamização do teatro infantil, pinturas faciais, histórias infantis e yoga para crianças.
Os alunos desta Escola irão realizar ainda o streaming ao vivo do festival.
O programa “Somos Portugal”, da TVI, vai estar no dia 18 de maio em direto do Largo do Hospital Termal, com a transmissão de alguns momentos importantes do III Festival do Cavalo Lusitano do Oeste.
Jorge Magalhães espera nesta edição do festival atrair a Caldas da Rainha “muitos milhares de pessoas de todo o país” para usufruírem de uma mostra onde quer as entradas quer as atividades serão gratuitas.
Organização garante preservação do Parque
As três largadas de touros no Parque, contestadas nas redes sociais por pessoas que acham estar em causa a preservação daquele espaço, foram abordadas pelo presidente da associação de criadores, que assegurou que “estão acauteladas todas as condições de segurança com a criação de uma estrutura (manga) de onde é impossível soltar-se algum touro”, garantindo, por outro lado, que a mesma estrutura “não danificará o parque nem as plantas classificadas que lá existem”.
Jorge Magalhães afirmou que uma das preocupações da associação é a “preservação do parque”. Recordou que no último festival que realizaram no parque repuseram “tudo como estava”. “Nós temos um conhecimento profundo do parque. Sabemos dizer onde estão as condutas de água, esgotos e plantas classificadas”, sublinhou, acrescentando que “depois do evento pretendemos juntamente com a autarquia limpar o lago, que já não é limpo há cerca de dez anos”.
Marlene Sousa
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