Os pintores naturalistas, no Porto e em Lisboa, dominaram o gosto, o ensino, o colecionismo desde 1880 até pelo menos a década de 1920, embora a sua recetividade se mantenha forte até meio do século XX. Sendo essencialmente paisagistas – influenciados pelo movimento internacional de que a pequena aldeia de Barbizon, nos arredores de Paris, foi o centro irradiador – eles cultivaram também uma pintura celebratória da vida aldeã, especialmente camponesa cujos ritmos se mantinham em continuidade com o passado.
Porque foi tão popular a pintura naturalista portuguesa? Como avaliar o seu balanço entre as inovações técnicas – que se desejavam antiacadémicas – e a permanência quase sem renovação dos seus temas? Poder-se-á valorizar hoje o seu empenho etnográfico? Como se situam os jovens públicos, envolvidos na produção artística, perante estas heranças? Questões a abordar neste evento.
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