“Criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” foi o tema escolhido pelo Partido Socialista, que segundo a organização se deveu “não só por ter sido o Partido Socialista a criar o SNS, mas também porque a secção das Caldas da Rainha tem sérios problemas no serviço de saúde, como é o caso do encerramento do Hospital Termal”, disse, Luís Patacho, presidente da Concelhia do Partido Socialista das Caldas da Rainha.
Ana Jorge, 64 anos, é licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, especialista em pediatria. Foi assistente hospitalar de pediatria médica no Hospital D. Estefânia (Lisboa) e no Hospital Garcia de Orta (Almada). Ex-Ministra da Saúde do XVII e XVIII Governo Constitucional, entre 2008 a 2011, do Governo liderado por José Sócrates.
O SNS foi criado pelo Partido Socialista em 1979, enquanto instrumento do Estado para “assegurar o direito à proteção da saúde, nos termos da Constituição”. O SNS envolve todos os cuidados integrados de saúde, compreendendo a promoção e vigilância da saúde, a prevenção da doença, o diagnóstico e tratamento dos doentes e a reabilitação médica e social. Define que o acesso é gratuito, mas contempla a possibilidade de criação de taxas moderadoras, a fim de racionalizar a utilização das prestações.
“A implementação do SNS permitiu a redução drástica da taxa de mortalidade infantil, ou seja, a mortalidade de crianças tanto na nascença como no primeiro ano de vida bem como a redução da taxa de mortalidade de pessoas com doenças infeciosas”, referiu a ex-ministra da Saúde.
Ana Jorge admitiu que “os cuidados paliativos ainda são muito reduzidos para as necessidades, pois são maioritariamente associados a doentes oncológicos”.
Considerou que o relatório das carreiras médicas é essencial porque exige o melhoramento dos profissionais e consequentemente dos serviços e que “é importante haver distinção entre os profissionais do Serviço Nacional de Saúde em relação ao resto dos profissionais da administração pública”.
“Os profissionais de saúde portugueses são muito bem qualificados e isso vê-se na valorização que é dada no estrangeiro. Contudo, com a emigração, corremos o risco de não haver profissionais qualificados em Portugal, alertou.
A ex-ministra da Saúde sustentou que “para haver um bom serviço, têm que existir bons profissionais, mas também bons equipamentos. E acrescentou que “o direito à saúde é um direito fundamental” que não pode estar em causa com a crise.
A próxima sessão no âmbito das comemorações de abril tem lugar no dia 11, às 21h30, no auditório da Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha, numa organização com o PCP, que promove uma conversa sobre “A luta por abril – repressão e resistência, liberdade e democracia”, com Sérgio Ribeiro, Manuel Freire, José Santa-Bárbara e José Carlos Faria
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