Um homem abastado nas riquezas materiais, sentindo falta de sentido para a sua vida decide consultar o seu deus. Perante as dúvidas do homem, o deus sugere que, a partir desse momento, passe a comer de pé. Ele assim faz. Mas, descuidado, enquanto come, o homem deixa cair as migalhas do pão, espalhando-as pelo chão. Nos dias seguintes, vê as suas riquezas materiais esboroarem-se. As terras e os rios secam, os animais morrem e as plantas não crescem nem dão mais frutos. Não compreende o que acontece e consulta, novamente, o seu deus. Este chama a atenção do homem para o desperdício do pão, e sugere-lhe que recolha as migalhas. Deste modo o homem recupera as suas riquezas e a felicidade.

O pão deste conto tradicional, transmitido através de várias gerações, entre o povo cigano turco, é metáfora de natureza. Ao valorizar coisas simples, como as migalhas do pão, o protagonista desta história de tradição popular preserva a riqueza e a vida. O cuidado a ter com o pão, recolhendo as migalhas; a racionalidade, na exploração dos recursos naturais proporcionam melhorias na vida, e a riqueza.

Fernando Casaca é o autoria deste projeto e contador. A peça tem a duração de 40 minutos.