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PS promoveu cerimónia evocativa do 16 de março

Marlene Sousa

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A secção do PS das Caldas da Rainha associou-se à comemoração dos 40 anos do dia 16 de março de 1974, em que três centenas de militares deixaram o Regimento da Infantaria n.º 5, nas Caldas, para tentarem fazer uma revolução, que só viria a concretizar-me 40 dias depois, no dia 25 de abril. No âmbito desta efeméride o PS realizou, no domingo, uma sessão pública evocativa que teve lugar no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Nossa Sr.ª do Pópulo, Coto e S. Gregório.
Coronel Rocha Neves, Luís Patacho, presidente da Concelhia do PS das Caldas da Rainha, e Cátia Rodrigues, estudante no IPL

Cátia Rodrigues, caldense, de 23 anos, e estudante no Instituto Politécnico de Leiria, aceitou o convite do PS em relatar ao público presente o que sabe e pensa do 16 de março. A jovem, que não viveu o “golpe das Caldas”, mas que considera esse acontecimento importante para a história do país, mostrou o seu descontentamento sobre o 16 de março não constar no programa curricular das escolas. “Ao dar-se a matéria do 25 de abril era importante dar a conhecer aos estudantes a revolta das Caldas”, sublinhou.

“É verdade que e tentativa de golpe de Estado nesse dia fracassou, mas ficou para sempre registada a intenção e a valentia daqueles homens, do Regime de Infantaria n.5 das Caldas da Rainha, que serviu de mote para aquilo que se viria a passar pouco tempo depois, no 25 de abril”, apontou a jovem.

Para Cátia Rodrigues é “indesmentível” que se “comemore o 40º aniversário da tentativa de golpe de 16 de março, numa altura que Portugal se debate com inúmeros problemas”. “Alguma vez estes audazes militares, que arriscaram penas de prisão, sonharam vir a ter um país assim, 40 anos depois?”, questionou, acrescentando que “temos uma quantidade infindável de jovens a emigrar, em busca de melhores oportunidades de vida, fazendo-se assim recuar até aqueles anos 60 do século passado, em que Portugal, debaixo de uma ditadura, era um país a evitar”.

No fim da sua intervenção, Cátia Rodrigues, interrogou se está a faltar à geração atual “o pulso de ferro que muitos homens tiveram naquele princípio da década de 70”. Para esta estudante, “o povo não pode ficar paralisado, enquanto se assistem a tempos tão complicados”.

A sessão contou também com a intervenção do militar de abril, Rocha Neves. O militar, que participou na tentativa de golpe de Estado de há 40 anos, contou a história do 16 de março, recordando os momentos mais marcantes como a 3ª reunião de Óbidos, em 1 de dezembro de 1973. “Foi para muitos o segundo grande plenário da conspiração, certamente uma das principais na preparação do golpe militar que haveria quase cinco meses depois, a 25 de abril de 1974”.

O testemunho deste oficial, que estava no quartel caldense a 16 de março, suscitou interesse por parte do público, que no fim colocou vários questões, promovendo um debate produtivo à volta dos acontecimentos percursores do 25 de abril. Houve quem questionasse se os militares de hoje não têm a força de há 40 anos para “tomar uma medida para terminar com esta ditadura que está acabar com o país”.

O coronel disse que é necessário “reciclar” o 25 de Abril. “A democracia está a passar por sérias dificuldades e o 25 de abril é uma data que não pode ser esquecida. Tem de se dizer isto às novas gerações”, frisou.

Alguns que assistiram à sessão e que também viveram o 25 de Abril, aproveitaram para falar sobre o episódio, trocando memórias que se generalizam quando se fala sobre a revolução que marcou a vida dos portugueses.

Jaime Neto manifestou que deve ser colocado junto da Escola de Sargentos do Exército um monumento que simbolizasse o 16 de março.

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