Bolo real, Sericá, Pão de Rala, Queijadas de Évora, Nógado, foram os cartões de visita desta ementa temática, que desta vez contou com uma mostra de doçaria do Alentejo.
Para além dos doces de fazer crescer água na boca, houve muito mais para degustar. O almoço iniciou com vários petiscos e vinhos alentejanos. A sopa de espargos com queijo fresco, foi outra iguaria apreciada neste dia.
Para prato de peixe foram escolhidas as migas gatas com bacalhau assado na brasa.
E como não podia de deixar de ser, a carne de porco à alentejana com amêijoas foi o prato de carne servido.
A gastronomia do Alentejo assume-se como uma referência no país, que os críticos e gastrónomos apreciam. Assim o diz o investigador de temas ligados à gastronomia, Virgílio Gomes, que foi o convidado especial da EHTO neste dia temático. Segundo apontou, aquela gastronomia “tem produtos sensacionais, mas o que realmente lhe dá identidade é mais complicado”.
De acordo com Virgílio Gomes, “o porco alentejano é preto mas não se deve chamar porco preto, porque esse vem congelado do estrangeiro. Os portugueses gostam de ser enganados e esquecem-se de exigir o porco alentejano que é genuíno”.
Segundo este entendido, a lentidão do progresso desta região contribuiu para serem guardadas tradições que lhe garantem a identidade que ainda hoje é reconhecida.
Quanto à refeição na escola, Virgílio Gomes revelou que gostou mais da sopa e dos doces. Lembrou que “é uma refeição de uma escola e é o espaço ideal para fazer disparates porque se podem corrigir”. “Eu não venho a este restaurante com o mesmo sentimento com que entro num restaurante de estrela Michelin, porque o nível de exigência é diferente”, comentou. Para o gastrónomo, o formador é que tem que “classificar os pratos com os alunos, porque eles estão aqui para aprender”.
Depois do almoço Virgílio Gomes foi o orador de uma palestra sobre a cozinha do Alentejo dedicada aos alunos.
Na próxima sexta-feira o restaurante de aplicação tem como tema o “Menu França”.
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