O dirigente, na sua intervenção, começou por dizer que o partido “não vira as costas aos trabalhadores, ao povo e à luta”.
“Muitos falam do fim da crise, mas a realidade é que como a situação na União Europeia demonstra, os trabalhadores e outras camadas antimonopolistas são o alvo de um ataque cerrado os seus direitos, condições de vida e dignidade por via de uma ofensiva do imperialismo que visa resolver a crise do capitalismo através de uma profunda regressão social de dimensões históricas”, manifestou.
“Vivemos hoje tempos obscuros da nossa vida coletiva. Tempos que exigem novamente, como no passado, muita confiança na nossa luta, muita força e determinação na organização e mobilização dos trabalhadores e do povo para o combate”, afirmou o comunista.
Segundo apontou, “Portugal está sujeito a uma situação de retrocesso acelerado bem patente na destruição do nosso aparelho produtivo com milhares de falências e insolvências de empresas, no roubo descarado dos salários, reformas e pensões; no alastramento da pobreza (3 milhões), no aumento brutal do exercito de desempregados que atinge já milhão e meio de pessoas sem emprego, no aumento exponencial da emigração (250.000), na violação sistemática de direitos constitucionais, na degradação e cortes brutais nos serviços públicos, e no brutal ataque aos direitos dos trabalhadores e ao poder local democrático”.
“Tudo em nome da salvação do país, da redução da divida, de um oásis prometido que nunca chega”, sublinhou.
Ângelo Alves declarou que “é mentira que o País esteja melhor, pela simples razão de que a imensa maioria não está melhor, está pior”.
Fazendo um apelo ao reforço do partido, “recrutando para as suas fileiras mais homens, mais mulheres, mais jovens”, o dirigente destacou a necessidade de “uma luta coerente, que ao contrário de outros como o PS, não se fica apenas pela retórica política quando na verdade é parte integrante do Pacto de Agressão contra os trabalhadores, o povo e o país, quando nada diz sobre a reposição dos salários e pensões, sobre a recuperação de direitos sociais e laborais entretanto atacados ou sobre a exigência e urgência da demissão do governo”.
Abordando já a temática das eleições para o Parlamento Europeu, a 25 de maio, frisou que “este é mais um momento em que fazendo do voto uma arma, fortalecendo a CDU, se poderá dar um contributo fundamental para a derrota do governo e para pôr um ponto final na política de direita”.
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