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Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro de Portugal

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“O Oeste beneficia de uma estrutura com capacidade de atrair investimento que até aqui não tinha”
Pedro Machado, à direita, no stand na Feira Internacional de Lisboa - BTL

Qual a estratégia de apresentação do Turismo Centro de Portugal (TCP) na BTL?

Apresentar-se como um território mais coeso, por força da agregação que teve que ter com os territórios correspondentes à Serra da Estrela, Médio Tejo, Leiria – Fátima e Oeste, transformar essa oferta num valor acrescentado para o destino Centro de Portugal, que eu acho que é visível no stand em que nós estamos, pois conseguimos trazer todo o território através das suas Comunidades Intermunicipais e a partir daí transformarmos essa presença naquilo que está a ser, ininterruptamente, desde as 11h da manhã do primeiro dia e até às 20h do último dia, uma apresentação contínua e consistente de projetos que identificam de alguma forma toda esta diversidade que é o Centro de Portugal. Eu acho que esta imagem hoje é visível. Um operador turístico que visita o stand do TCP, um consumidor final que vem à feira e quer ver as oportunidades e ofertas que estão disponíveis, leva a ideia de um Centro renovado, criativo, colorido, também com uma grande diversidade de produtos.

Onde se insere o Oeste nesta estrutura grande como é o Centro?

Se quiséssemos fazer a analogia com o stand o Oeste, é exatamente o primeiro destino… é a porta de entrada do Centro de Portugal na BTL (ndr: o balcão do Oeste era o primeiro na entrada do certame), eu acho que isso demonstra bem, não só a forma como integramos e queremos que eles signifiquem valor acrescentado, pela força que tem a oferta do Oeste, naturalmente uma presença muito forte de património, da presença do mar e da gastronomia.

O orçamento do Pólo do Oeste rondava os 500 mil euros, hoje participa num orçamento sete milhões e meio, por isso estamos a falar de uma escala completamente diferente. O Oeste beneficia de uma estrutura com um peso e com uma capacidade de atrair investimento que até aqui não tinha.

Os desportos náuticos têm vindo a assumir uma preponderância no turismo internacional. Isso vai ter uma tónica especial?

O turismo náutico e desportivo ligado ao mar é um dos eixos que nós traçámos para o plano 2014 e que queremos dar continuidade e consistência nos próximos anos. A par disso, obviamente que estivemos associados à realização da Rip Curl 2013, já tivemos reuniões de trabalho com o presidente da Câmara de Peniche, com a Comunidade Intermunicipal e com a própria Comissão de Coordenação da Região Centro, no sentido de garantirmos que em 2014 e seguintes continuarão a ter uma presença forte e, neste caso concreto, a maior prova do certame nacional e internacional com realização em Portugal.

O Governo resolveu na nova estratégia de promoção turística reduzir a presença em certames internacionais, poupando recursos. Concorda com esta visão?

É preciso perceber que há uma alteração profunda no paradigma do turismo, isto é, há hoje uma cada vez maior e mais consistente procura via novos canais de distribuição, em particular o on-line e isso significa que as presenças físicas deixam de ter a importância que tinha até há bem pouco tempo. Acredito que tenha que haver aqui um ajustamento, ou seja, cada vez mais o investimento mais focalizado para as novas tendências, para os novos canais de distribuição e manter aquilo que são, para nós, requisitos mínimos de uma presença física das feiras internacionais.

O relacionamento com a Oeste CIM é o que estava à espera?

Eu acho que é francamente positivo. Há hoje da parte do presidente da TCP total abertura, colaboração e lealdade com a Comunidade Intermunicipal do Oeste. E tenho recebido do senhor presidente da Comunidade Intermunicipal e dos seus autarcas os sinais mais evidentes de trabalho e de cooperação.

A Delegação em Óbidos vai permanecer?

Nenhuma dúvida sobre isso. Aliás, está consagrado nos nossos estatutos. As 7 delegações, uma delas, Óbidos, tem por missão particular um trabalho de proximidade com o território, com as empresas e com os operadores e simultaneamente faz o elo de ligação com esta rede, que é a rede do TCP.

Mas agora é muito mais a Comunidade Intermunicipal do Oeste que faz o trabalho direto com o TCP?

O Pólo de Óbidos é um instrumento de apoio a esta relação direta com o TCP e é, simultaneamente também, um espaço que tem competências próprias, nomeadamente funções mais diretas com o setor do turismo. O planeamento está estabilizado na sua estrutura sede e que depois tem uma relação direta com as Comunidades Intermunicipais. O território é muito vasto. São 100 municípios e seria quase impraticável nós termos que tomar decisões num colégio a 100.

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