O autarca, que manhã cedo mandou colocar as bandeiras na junta a meia-haste, era a imagem da grande consternação sentida na aldeia pelo falecimento do cardeal-patriarca emérito.
Era na pequena povoação do Pego, onde tem uma vivenda, que D. José Policarpo passava alguns fins-de-semana. Construída num vale entre eucaliptos e pinheiros onde reina a calma, com uma piscina, um ringue para a prática de ténis ou de futebol de cinco e um extenso jardim, tinha inclusive uma capela, que por vezes D. José Policarpo abria à comunidade quando ali fazia celebrações religiosas.
Noutras ocasiões rezava missa num pequeno templo religioso no Pego, onde apareciam habitantes de toda a freguesia para o ouvir. José Coutinho, morador na freguesia, recordou que o prelado “tinha dificuldade em aguentar uma missa sem poder fumar”.
Em Alvorninha foi atribuído o seu nome a um pavilhão multiusos, que serve para diversas actividades desportivas e culturais. “Era uma pessoa querida, que nós todos amávamos muito e que infelizmente nos deixa”, apontou Felisberto Rogério, tesoureiro da junta.
A Câmara das Caldas da Rainha anunciou luto municipal quinta e sexta-feira e o Governo decretou luto nacional nesta sexta-feira.
Francisco Gomes
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