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Pescadores em terra por causa do mau tempo

Francisco Gomes

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O mau tempo fez com que desde o início deste ano tenham sido poucas as vezes que os pescadores de Peniche foram ao mar, levando-os a fazer contas à vida, desesperados com as dificuldades em garantir o sustento das famílias.
Em Peniche tem sido poucas as saídas para o mar ( foto Carlos Tiago)

“Desde janeiro só fomos cinco vezes. O barco não dá para ir ao mar com este vendaval. Tem de se poupar para viver, porque não há subsídios, e existem situações dramáticas de pescadores em Peniche que passam fome”, relata Nuno Lopes, tripulante do “Peixe à borda”.

Alberto Ximenes, da mesma embarcação, desabafa que “têm sido dias difíceis e é uma vida ingrata. Há quem tenha de contar com a ajuda de familiares”.

Manuel Varela, proprietário do “Avô Varela”, revela que “há camaradas que nem farnel têm para levar, quanto mais em casa”. Para além do “inverno doloroso”, há agora mais uma dor de cabeça: “Verifica-se uma paragem obrigatória de 45 dias para os barcos da frota da pesca da sardinha de Peniche desde 15 de fevereiro. Irá afetar o rendimento porque é menos uma espécie – a mais importante – que apanhamos”.

Na Nazaré, a representação da CDU na Assembleia Municipal propôs que se criem “linhas de crédito com juros bonificados e com consideráveis períodos de carência, para que as empresas possam ressurgir e reinvestir em materiais e artes de pesca que o mar destruiu, ou simplesmente fez desaparecer, durante estas intempéries”. “Estas artes de pesca, irremediavelmente perdidas, orçam em muitos milhares de euros de prejuízo por empresa, pelo que, e tendo em conta a debilidade financeira da esmagadora maioria das empresas de pesca nacionais, este inverno poderá ditar o fim de muitas destas empresas se nada for feito”, apontam os comunistas, que propuseram também que se disponibilize aos profissionais da pesca o subsídio de intempérie.

“Mesmo nas situações em que as barras não negam, mas que as condições do mar ou do tempo não permitam uma jornada de trabalho em perfeitas condições de segurança para embarcações e tripulação, dever-se-á, mesmo assim, acionar o subsídio. Estas situações devem ser analisadas porto a porto, em articulação com a autoridade marítima e as organizações que representam o setor”, defende a CDU.

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