O resultado deste Relatório do GT-IEVA “representa a vitória de diversos agentes regionais que se agregaram num movimento de defesa da Linha do Oeste, no qual a NERLEI teve muita honra em participar ativamente”, refere a associação.

A NERLEI salienta que sempre defendeu a necessidade de modernização da Linha do Oeste, tendo mesmo em 2011 discordado da decisão do Governo de encerrar ao tráfego de passageiros a Linha do Oeste entre Caldas da Rainha e a Figueira da Foz. “Esta posição da NERLEI inseria-se numa política de defesa de interesses do distrito, da região e do País”, sustenta.

Na altura, a NERLEI dispôs-se a “integrar um movimento qualificado, representativo das populações e dos agentes económicos, nos seus diferentes níveis”, para que fosse encontrada uma solução alternativa à do encerramento proposto pelo Governo.

Fernando Costa, presidente do PSD distrital de Leiria e ex-presidente da Câmara das Caldas da Rainha, faz notar que “a modernização e eletrificação da Linha do Oeste foi considerada entre as trinta obras mais urgentes para os próximos anos, com uma verba de 135 milhões de euros”, pelo que “valeu a pena a luta que travámos nestes anos contra os que a queriam encerrar das Caldas para Coimbra”.

“Vamos defender um novo troço alternativo de Malveira a Sacavém-Linha do Norte, por Loures, projeto da REFER com mais de vinte anos e que reduziria em 40 minutos a viagem até Santa Apolónia, passando pela Gare do Oriente. Este projeto tinha ainda a grande vantagem de ligar a parte oriental e a zona norte do Município de Loures, sem ligações diretas. Com esta obra ganha o distrito de Leiria, o Oeste, Loures e Lisboa (com menos carros e autocarros) e ganha a economia nacional”, manifesta o atual vereador na Câmara de Loures.

Em comunicado, o PSD das Caldas da Rainha afirma que sempre defendeu a valorização e reestruturação da linha ferroviária do Oeste, de modo a prestar um serviço rápido e de qualidade, quer nas deslocações para sul, quer para norte do concelho.

“Na verdade, o PSD local esteve presente em todas as iniciativas, muitas das quais por si sugeridas, nomeadamente na Assembleia Municipal, que tivessem por objetivo chamar a atenção e reclamar do Governo do País a requalificação da Linha do Oeste”, sublinha.

“O mesmo se poderá dizer do Município que, consciente da importância desta infraestrutura e na iminência do seu encerramento, ordenou a elaboração de um estudo sobre a viabilidade da Linha do Oeste e que foi efetuado pelo eng. Nelson Oliveira. A verdade é que este estudo se revelou decisivo para impedir o fecho da linha e manter o transporte ferroviário no Oeste”, aponta o presidente da Comissão Política de Secção do PSD das Caldas da Rainha, Hugo Oliveira.

“A aposta no caminho de ferro do Oeste é não só importante para a mobilidade das populações, constituindo um meio de transporte rápido e amigo do ambiente, mas, também, um excelente impulsionador da economia, na medida em que pode captar e gerar investimento na região”, destaca.

“Esperamos e desejamos que, desta feita, o governo de Portugal, para mais escudado nos estudos agora apresentados, não adie por mais tempo um investimento que, sendo uma aspiração velha da população do Oeste e, especialmente, do concelho das Caldas da Rainha, é, agora, considerado estratégico e prioritário”, manifesta o PSD local.