PSD e CDS coligados obtêm 37,1% das intenções de voto, contra 35,5% do PS, de acordo com essa sondagem realizada entre os dias 7 e 10 de janeiro, e a abstenção atinge os 60,8%, o que faz aumentar consideravelmente as margens de erro, pelo que tanto o PSD/CDS quanto o PS podem ganhar. Nesta sondagem a CDU desce de 10,7 para 9,2% e o BE de 10,7 para 6,9%. Segundo a ficha técnica, foram feitas 601 entrevistas telefónicas (279 a homens e 322 a mulheres), 137 no Interior, 251 no Litoral Norte e 213 no Litoral Centro Sul, 157 em aldeias, 205 em vilas e 239 em cidades.
Para José Carlos Faria, da CDU, “há sondagens há para todos os gostos e esta dá resultados insólitos e parece muito falível”.
Edgar Ximenes, do MVC, apontou que “era de esperar com tanta austeridade, sacrifício e sofrimento, que o PS conseguisse sair claramente vencedor. Mas perante este equilíbrio é uma derrota do PS, que não se consegue afirmar como alternativa”.
António Cipriano, do PSD, entende que a população pensará “para quê mudar se a alternativa é pior”.
“Vamos esperar para ver”, declarou José Correia, do BE, assegurando que “vamos preparar as Europeias para construir uma verdadeira alternativa de esquerda”.
José Carlos Abegão, do PS, comentou que “neste momento o Governo precisa de uma sondagem destas como de pão para a boca. É uma sondagem mentirosa”.
“As sondagens valem o que valem”, disse Rui Gonçalves, do CDS-PP. “Não houve nenhuma sondagem que desse uma diferença superior a 3% em relação ao PS e PSD. Mas mesmo que ganhe com estes números, é mau para o PS, porque este deve ter sido o Governo mais impopular desde o 25 de abril”, frisou.
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