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Vendedores da Praça da Fruta queixam-se do mercado provisório

Marlene Sousa

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Os vendedores da Praça da Fruta foram transferidos no passado dia 14 para as traseiras do Chafariz das 5 Bicas. Durante os próximos seis meses irão permanecer no parque de estacionamento entre o chafariz e os edifícios dos serviços administrativos do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), enquanto decorrem as obras no tabuleiro da praça.
Uma excursão de japoneses marcou presença no primeiro dia do mercado provisório

O JORNAL DAS CALDAS esteve no local no dia da mudança e ouviu algumas queixas dos vendedores, que alegam que as descargas durante a manhã são o principal problema, devido à falta de espaço, causando engarrafamento.

“A única solução que temos é vir duas horas mais cedo para descarregarmos os produtos”, disse Ricardo Ferreira, que vende na Praça da Fruta por sua conta há seis anos mas desde os dez anos que ajuda a sua avó. Para este comerciante uma solução era o hospital ceder um pouco mais de espaço.

Outra questão apontada é a falta de estacionamento para as viaturas dos comerciantes. “O parque junto ao hospital está cheio de veículos particulares”, disse Adélia Ferreira.

O presidente do Conselho de Administração, Carlos Sá, marcou presença no primeiro dia do mercado e ouviu algumas reclamações dos vendedores a pedir mais espaço, nomeadamente para as descargas e cargas.

À imprensa disse que não é possível o CHO disponibilizar mais área. “Aquele espaço não é apenas para estacionamento dos carros dos profissionais, é utilizado para o carregamento e descarregamento de todo o material que é utilizado pelo Centro Hospitalar”, sublinhou Carlos Sá, acrescentando que “não pode ser cedido porque é o sítio de entrada do camião de acesso ao armazém do serviço de aprovisionamento”. “É o máximo que podemos ceder para o bom funcionamento do Centro Hospitalar e até para a saída da VMER, que tem de ser salvaguardada”, adiantou o responsável.

Também o vereador Hugo Oliveira esteve presente no primeiro dia do mercado atrás do Chafariz das 5 Bicas para ver averiguar “como estava a decorrer a mudança”. Para o autarca, “as coisas até correram bem”, mostrando-se disponível para fazer algumas alterações que sejam necessárias para melhorar as condições aos vendedores.

No sábado, que é o dia de maior movimento, muitos dos vendedores da Praça da Fruta optaram por chegar mais cedo ao mercado provisório para descarregar. “Cheguei hoje de madrugada, às 4h30, para descarregar e dar o lugar aos outros vendedores”, disse Isaura Félix, que no mercado habitual na Praça da Fruta costumava chegar às 6h30 da manhã. “Está tudo ao monte mas temos de ter paciência”, comentou, alegando que “há comerciantes mais satisfeitos do que outros mas esta alteração era necessária para que as obras na praça fossem feitas”, considerou a vendedora.

O presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, espera que as obras no tabuleiro da Praça, que têm o custo de 350 mil euros, sejam feitas em seis meses e que o mercado possa regressar ao seu espaço com bancadas e toldos novos. Lamenta que o Conselho de Administração do CHO não tenha cedido mais espaço mas alega que “não havia um espaço tão bom para o mercado provisório como aquele” e apontam que fizeram um investimento, no piso, com as marcações, para que funcione da melhor forma.

Encontrados ossos, azulejos, moedas e um botão de cobre

As sondagens arqueológicas inseridas nas obras de requalificação do mercado terminaram na passada sexta-feira.

Foram encontrados na praça da fruta, ossos humanos, dentes, azulejos azuis e brancos, moedas e um botão de cobre que supostamente eram de uma antiga igreja demolida no final do século XIX.

As escavações iniciaram-se no dia 14 de janeiro, onde os arqueólogos, Adolfo Silveira e Alexandra Figueiredo (docente no Instituto Politécnico de Tomar) escavaram até um metro de profundidade e encontraram vários ossos humanos fragmentados e dois ou três dentes que se encontravam envolvidos em sedimentos. Segundo, Adolfo Silveira, “as ossadas humanas, não tinham figuras muito certas, ou seja, parecem depósitos um bocado atirados para a terra sem qualquer configuração aparente”.

Como havia no local a Igreja Nossa Senhora do Rosário, construída no século XVI, o arqueólogo diz que é “provável que os ossos humanos sejam daí porque era normal na altura enterrarem os mortos junto às igrejas”.

Segundo o presidente da Câmara, as sondagens revelaram o aparecimento de alguns vestígios descontextualizados. “Isto revela que aquela zona tem muito interesse histórico”, sublinhou Tinta Ferreira, garantindo que “os achados não vão impedir a continuação das obras”.

O autarca revelou que a Câmara tem autorização para continuar a requalificação da Praça da República e que os achados vão ser alvo de estudos e classificados pelos arqueólogos. Depois, os vestígios vão ser guardados no espaço de turismo da Câmara até que o Município crie um Centro de Interpretação do Centro Histórico. “Quando o conseguirmos concretizar será o local apropriado para guardar estes elementos”, disse Tinta Ferreira”, fazendo notar que esta infraestrutura faz parte do seu programa eleitoral.

Vão ser estudados locais para o futuro Centro, eventualmente perto do centro histórico.

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