Ainda assim, o frio, chuva e a lama não conseguiram estragar uma das festas mais tradicionais da região Oeste. Houve centenas de pessoas que voltaram a subir os 150 degraus para chegar à ermida de Santo Antão para celebrar o dia do padroeiro, pagando as suas promessas, ou apenas para passar momentos de convívio.
O festejo, que decorreu no cimo de um cabeço, com cerca de 80 metros de altura, serviu para muitos dos participantes fazerem as suas promessas.
Na casa das esmolas, também se vendem chouriços e pão de trigo. Este ano compraram cerca de 150 quilos de chouriço e a meio da tarde estavam perto de 50 quilos vendidos, a 10 euros, tal como tem acontecido nos anos anteriores. Os que sobram vendem em Óbidos durante a semana a um preço mais acessível.
Raul Penha, que já pertence à Comissão de Festas do Santo Antão há mais de 30 anos, conta que este ano houve menos afluência por causa “do mau tempo que se previa com alerta laranja”. No entanto, “os romeiros que estão enraizados ao festejo, esses estão cá e vieram cedo”, referiu, acrescentando que “tirando o fato dos aguaceiros, está a decorrer uma festa normalíssima, com muitas pessoas a conviver e a divertirem-se”.
Há três anos nasceu neste festejo a confraria de Santo Antão, que já tem cerca de 50 confrades. “A condição para aderir à confraria é subir ao Santo Antão todos os anos, faça chuva ou faça sol”, disse Bertina Pinheiro, uma das fundadoras da confraria, que tem como símbolos um copo e um cachecol cor-de-rosa (cor da fita de nastro da Festa de Santo Antão).
Desde há quatro anos que o artesão Vítor Palatino, do Bairro da Senhora da Luz, faz canecas alusivas ao evento, que têm sido bastante procuradas pelos romeiros que fazem coleção.
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