Nas Caldas da Rainha, o escultor contou com a colaboração dos irmãos Constantino. “Colaboram em todos os projetos que envolvam figuras realistas. Conheço o trabalho deles há 20 anos, são muito talentosos e criativos. Se tivessem nascido em Inglaterra ou nos EUA, seriam certamente reconhecidos em todo o mundo”, disse Jorge Gameiro. O projeto também conta com o talento de toda a equipa da empresa Impacto Visual, sedeada em Torres Vedras, que executou a escultura de uma gôndola do século XVIII com 10 metros.
São cerca de 30 profissionais envolvidos no projeto, entre escultores, técnicos de automação para os sistemas de comando, técnicos de mecânica, técnicos de moldes, técnicos de fibra de vidro, técnicos de silicone, artistas para os efeitos, make-up (cabelo, maquilhagem), figurinos, carpinteiro e, serralheiros.
Carnaval de Veneza é um projeto sobretudo artesanal, apenas 10% tecnológico. “As 25 personagens do século XVIII serão distribuídas por vários palcos e no centro será exposta a gôndola”, descreveu o escultor.
As esculturas serão utilizadas por uma das maiores empresas de eventos do Brasil, a D32, numa exposição itinerante. Posteriormente serão expostas no hotel The Venetian Macao Resort Hotel, em Macau.
Jorge Gameiro é licenciado em pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa e requisitado por várias empresas para a realização de projetos artísticos, com mão de obra portuguesa. “Existem vários projetos a serem negociados para o Brasil. O mais importante é uma produção para a TV Globo, de caricaturas de bonecos autónomos e robotizados manipulados através de telemetria, de personalidades brasileiras e internacionais”, revelou, indicando ainda que “também existe um projeto para uma exposição sobre a História do Brasil, descobridores das Américas e gladiadores”.
Jorge Gameiro considera que área da indústria tem de ser valorizada. “Não são as empresas com base tecnológica que ajudarão o desemprego a diminuir e poderão oferecer emprego em grande quantidade, mas sim a indústria, onde a mão de obra é especializada, mas a maioria dos trabalhadores não tem qualquer especialização”, concluiu o escultor.
0 Comentários