Apesar de estar a funcionar desde junho de 2013 nas novas instalações, os responsáveis pela empresa, José e Jorge Elias, optaram por fazer uma inauguração simbólica inserida na festa de Natal dos colaboradores.
A empresa que faz o embalamento, comercialização e exportação de azeite da marca “Camponês” e óleos alimentares e temperos da marca “Boa Mesa”, é uma referência no mercado, nomeadamente além-fronteiras. A marca da empresa Azeol é produzida essencialmente para os mercados internacionais. Cerca de 85% da produção é exportada. Vende para 34 mercados em todo o mundo, sendo os principais Angola, Brasil e Venezuela. Diariamente são embalados na nova unidade entre50 mil e 70 mil litros de azeite.
Apostando no design, a Azeol desenvolveu recentemente uma nova marca de azeite intitulada Nektar.
O grupo investiu cerca de sete milhões de euros numa nova fábrica com 12 mil metros quadrados de área coberta e uma área total de 36 mil metros quadrados, que foi paga com capitais próprios. Atualmente emprega 60 colaboradores.
A nova infraestrutura, situada na Estrada Nacional 8 – Km 48,8, em Vale Rosas, tem excelentes condições para os colaboradores e para receber os clientes. O espaço tem uma sala e bar próprio. Zela também pelo cumprimento das normas de segurança, higiene e segurança no trabalho.
As novas instalações da empresa têm na entrada um museu etnográfico que relata muita história e tradição e onde o visitante tem a oportunidade de conhecer as antigas técnicas de produção de azeite. A mostra, que serve de aprendizagem, é composta por alguns instrumentos que eram utilizados para fazer o azeite, mostrando os processos da moagem, prensagem e centrifugação.
A Azeol, que aposta na inovação e criatividade, está a realizar um filme institucional com o objetivo de aumentar a atividade, nomeadamente nas exportações.
A empresa foi fundada em 1975, em Torres Vedras, pelo caldense José Elias, que ao longo de mais de 50 anos teve sempre como lema a “qualidade”.
Nas Caldas da Rainha José Elias esteve ligado à firma Elias & Irmão Lda. Depois foi trabalhar para uma filial desta empresa em Torres Vedras. Abriu o seu próprio negócio aos 23 anos.
São mais de seis décadas ligadas a esta indústria. Em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, reconhece que os últimos anos têm sido difíceis para a economia, mas considera que a estratégia passa pela reabilitação e pela internacionalização. “Esse é um caminho que não deverá ser descurado, embora tenha que haver uma boa preparação das estruturas das empresas para se adaptarem a novas realidades”, disse o empresário. Segundo, José Elias, o objetivo “é continuar a dar a conhecer aos quatro cantos do mundo o paladar dos nossos produtos, acreditando que essa experiência se irá refletir numa alimentação saudável e cheia de sabor”.
Além dos produtos que comercializam também fazem o enchimento para clientes que têm marcas próprias.
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, o administrador da empresa, Jorge Elias, filho de José Elias, explicou que atualmente trabalham em colaboração com o agricultor, “num sistema de integração para que o nosso produtor tenha orientações técnicas do que se está a comercializar no mundo com o intuito de exportarmos qualidade para o resto do mundo”.
Segundo este responsável, hoje a agricultura já não é o que era há uns anos atrás, existem lagares de azeite de alta tecnologia. “Nós temos parcerias feitas com plantadores de olivais e lagares, onde estamos sempre em ligação direta para que eles percebam o que o mundo está a pedir de azeite”, adiantou Jorge Elias, que pretende internacionalizar-se “para mais países onde surjam oportunidades interessantes”.
Nem mesmo a crise em que se vive no país demoveu esta empresa de continuar o seu caminho na expansão e crescimento.
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